O Bate-Papo NG desta segunda-feira (27/5) recebeu o pré-candidato a prefeito de Goiânia do União Brasil e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel. Dentre os principais pontos respondidos pelo pré-candidato da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) estiveram questões relacionadas à resolução de problemas de mobilidade, educação e saúde. Durante a transmissão ao vivo, Mabel também falou sobre as articulações políticas da pré-campanha.
Sandro esclareceu sua proposta que divisão das tarefas administrativas refutando o modelo de subprefeitura, mas afirmando que sua proposta seguirá um modelo de gestão com administrações regionais. O pré-candidato ao Paço Municipal também deu detalhes da estrutura do seu plano de governo. “Nosso plano de governo é uma adaptação e atualização daquilo que não foi feito do plano de governo do saudoso ex-prefeito e ex-governador Maguito Vilela. Vamos trabalhar com a descentralização da Prefeitura atuando com sete ou até nove administrações regionais, que vão gerir os problemas por macrorregiões. Queremos uma pessoa técnica (pode até ser indicada por políticos), mas tem que ter experiência em gestão. Essa pessoa vai ser cobrada e respaldada a resolver os problemas locais especialmente nas áreas prioritárias da infraestrutura, educação e saúde”, explicou.
A respeito de uma das áreas mais sensíveis da administração pública, a Educação, Sandro Mabel, que administra uma entidade empresarial industrial que gerencia uma rede de escolas com renome nacional disse o que pretende fazer para melhorar o ensino e zerar a fila de espera por vagas. “Uma das propostas de gestão que quero trazer na área da Educação é fazer com que ao poucos, as quase 150 escolas municipais de Goiânia, possam ir além dos estudos em Português, Matemática e ter disciplinas que ensinam robótica, informática, inteligência artificial empreendedorismo e inglês, entre outras que possibilitem nossos alunos a estudar para o futuro. Temos isso nas escolas da Rede Sesi e podemos fazer na Prefeitura de Goiânia também. Queremos essa realidade para as nossas crianças desde o Ensino Fundamental I. Queremos resolver o problema do déficit das vagas para nossos Cmeis nos 100 primeiros dias também, por meio de parcerias com igrejas e entidades que possam acolher as mais de 9 mil crianças que esperam por uma vaga”, confidenciou.
Outra questão sensível aos moradores e visitantes na capital, que é o trânsito, terá mudanças significativas em seu governo, conforme explicou durante a entrevista. “Nos primeiros 100 dias de governo pretendo fazer com que o trânsito melhore e ande pelo menos 30% com modificações nas vias arteriais e em grandes eixos, que vão fluir. Pretendemos usar os corredores de ônibus para circulação de motocicletas e aplicar modificações nas conversões à direita, especialmente as que estejam nos sinaleiros que existem na cidade. Isso é possível fazer sem demora, com longos estudos e análises, e com uma campanha massiva de educação de trânsito. Queremos implantar sinaleiros inteligentes que ajudem na fluidez, especialmente os ônibus do BRT”, revelou.
“A falta de gestão é total” diz Mabel sobre o desafio de ser pré-candidato em Goiânia
Político experiente no parlamento com passagens pela Assembleia Legislativa de Goiás e na Câmara dos Deputados, em Brasília, Sandro Mabel falou sobre os desafios futuros se vencer as eleições em outubro deste ano. “Estou feliz em ter aceitado o convite, convocação, do governador Ronaldo Caiado e em fazer pré-campanha para discutir os problemas de Goiânia. A falta de gestão é total. Temos muitos problemas como o déficit orçamentário que pode chegar a R$ 1,2 bilhão em 2028 se não der uma arrumada. Sendo eleito quero fazer um choque de gestão. Quero fazer coisas difíceis. Quero fazer um governo em parceria com o Vilmar Mariano aqui de Aparecida também. Quero colocar toda minha experiência política e administrativa de 32 anos de carreira para dar meu melhor por Goiânia”, declarou.
Questionado sobre sua opinião a respeito da gestão do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), Mabel afirmou que os dois são amigos, mas que faria uma gestão diferente do atual chefe do executivo da capital. “Rogério é um amigo. Ele é uma boa pessoa. Temos uma amizade e uma parceria de gratidão. Goiânia tem quase R$ 9 bilhões de orçamento e eu faria tudo diferente dele em termos de gestão. Goiânia não pode arriscar. Eu já estava quase fora. Caiado me falou que Goiânia precisa de um gestor. A Região da 44, por exemplo, precisa de maior atenção do poder público com maior investimento em segurança e em atrações gastronômicas. Goiânia pode ter pequenos pólos industriais não poluentes”, exemplificou.
A respeito da escolha do seu candidato ou candidata a vice-prefeito e a relação com o MDB na indicação de cargos na gestão futura, Sandro revelou como está administrando as duas questões neste momento da pré-campanha. “Todos vão ter espaço dentro da gestão, principalmente o MDB, partido que certamente terá muitos vereadores e ao qual fui filiado por muitos anos. Certamente acolheremos indicações do partido e as pessoas que vierem tem que ter capacidade de trabalho e vontade de trabalhar. Sobre a vice, lançaremos uma pesquisa qualitativa junto à população para identificar o perfil que o povo quer para a vice. Após o resultado desta consulta iremos pedir aos partidos políticos que nos apoiam para indicarem nomes com o perfil indicado na pesquisa e aí faremos nossa escolha. Atualmente tem prioridade o grupo político liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, se não vier propostas de partidos como PSD ou PL, por exemplo”, contou.
