Hoje é 23 de novembro de 2024 04:52

Proprietária de clínica de estética é presa após morte de influenciadora digital

O local onde a cirurgia foi realizada está interditado. De acordo com a delegada Débora Melo a suspeita não possui registro profissional adequado
O velório e sepultamento de Aline ocorrerão na quinta-feira (04/07) // Foto Reprodução

Aline Maria Ferreira, influenciadora digital, faleceu na última terça-feira (02/07) em um hospital particular de Brasília, após ser internada no sábado (29/06). De acordo com seu marido ela havia se submetido a um procedimento estético para aumento de glúteos com aplicação de PMMA em uma clínica de Goiânia no dia 23 de junho.

O marido de Aline relatou que a cirurgia foi rápida e que retornaram para Brasília no mesmo dia, com ela aparentemente bem. No entanto, no dia seguinte, Aline começou a apresentar febre. Ele entrou em contato com a clínica, que considerou a febre uma reação normal e recomendou medicação. Mesmo com a medicada, a febre da influenciadora persistiu, e na quarta-feira (26/06), Aline começou a sentir fortes dores abdominais.

Na quinta-feira (27/06), a condição de Aline piorou e ela desmaiou. Ela foi levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde permaneceu por um dia, sendo posteriormente transferida para um hospital particular da Asa Sul, onde veio a falecer. O velório e sepultamento de Aline ocorrerão na quinta-feira (04/07), no cemitério Campo da Esperança do Gama.

Clínica de Estética interditada e proprietária presa, após morte de influenciadora // Foto Reprodução

A clínica onde Aline realizou o procedimento estético foi interditada pela Vigilância Sanitária, e a proprietária, Grazielly da Silva Barbosa, foi presa pela Polícia Civil de Goiás sob suspeita de crimes contra as relações de consumo. Durante o período de internação de Aline, Grazielly chegou a visitá-la, alegando que a infecção generalizada poderia ter sido causada por um lençol da casa, uma versão já desmentida pela família.

A prisão de Grazielly foi efetuada por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) de Goiás. Durante entrevista coletiva, a delegada responsável pelo caso Débora Melo revelou infrações cometidas pela clínica de estética. “A proprietária da clínica, que se apresentava como biomédica sem ter formação nem registro profissional adequado, foi presa. Durante a fiscalização, descobriu-se que a clínica operava sem alvará sanitário e sem responsável técnico, realizando procedimentos de alto risco como aplicações de PMMA, destinado apenas a médicos. As atividades ilegais incluíam também a falta de informação aos clientes sobre os reais perigos dos procedimentos. A prisão ocorreu por exercício ilegal da medicina, execução de serviço perigoso e engano ao consumidor”, afirmou.

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