Um policial penal foi afastado pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária suspeito de agredir um advogado na Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O caso aconteceu nesta quarta-feira (24/05), quando o advogado foi até o local para atender um cliente que cumpre pena.
Conforme a nota emitida pela DGAP, o policial penal ficará afastado por 60 dias para apuração dos fatos. A Corregedoria Setorial acompanha o ocorrido. Além disso, o órgão instaurou procedimento de sindicância para investigar o caso.
“A DGAP reitera que não compactua com condutas de seus servidores que, eventualmente, possam ir contra a honra, moral ou integridade física de qualquer cidadão”, diz a nota.
A agressão teria acontecido quando o advogado Gabriel Castro passava pelo procedimento de escâner que detecta se a pessoa tem algo no corpo. Neste momento, o policial penal disse que o profissional tinha algo no bolso.
“Em seguida, colocou a pistola na cabeça dele, mandou ajoelhar, agrediu e ameaçou de morte”, disse a secretária-geral executiva da Comissão de Direito e Prerrogativas da OAB-GO, Gislaine Batista de Carvalho, que acompanha o caso.
O advogado passou pelo Instituto Médico Legal (IML) e, por pedido de médico legista, foi fazer exames.
“Ele está sentindo muita dor no braço”, relata Gislaine. Segundo ela, o caso possui indícios de tortura, abuso de autoridade, ameaça, lesão corporal e mais.
“Lembrando que ele foi ouvido dentro da CPP (provavelmente coagido) sem a presença da Comissão de Direitos e Prerrogativas”, finaliza.