O governador Ronaldo Caiado entregou, nesta terça-feira (20/8), 60 ônibus para operar no Sistema BRT (ônibus de trânsito rápido), que interligará Goiânia de norte a sul até Aparecida de Goiânia. No evento, Caiado destacou qualidades dos veículos, que são silenciosos e climatizados.
“São confortáveis e com segurança. Isso é construir um transporte coletivo digno e à altura da população”, resumiu o governador ao vistoriar um dos veículos na Avenida Goiás, no Centro da capital.
A entrega de 10 ônibus elétricos e 50 movidos a combustão faz parte de uma das etapas de execução da Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC). Até 2026, serão investidos R$ 1,7 bilhão no projeto, que conta com a parceria das prefeituras de Goiânia, Goianira, Senador Canedo e Trindade – por meio do subsídio à tarifa do transporte – e contrapartida do consórcio das empresas que operam o sistema.
Segundo a prefeitura de Goiânia, a capital contribui com 41,2% do valor total da aquisição dos novos veículos, o que representa um aporte mensal de R$ 21,5 milhões.
Iniciada em 2015 com várias paralisações em gestões anteriores, a obra do corredor de ônibus BRT Norte-Sul deve ser entrega dia 31 de agosto, quando começa a operar o trecho entre o Terminal Recanto do Bosque e o Terminal Isidória.
Os veículos elétricos, fabricados pela Eletra, e os a diesel, produzidos pela Volkswagen, seguem padrões internacionais de operação e sustentabilidade. Com uma velocidade máxima de 60 km/h, os ônibus elétricos têm capacidade para transportar até 94 passageiros, sendo 40 sentados e 54, em pé. Os veículos a diesel comportam até 103 pessoas, com 38 assentos disponíveis.
Todos os veículos possuem climatização, revestimento antiderrapante no assoalho, bloqueador de portas, tomadas USB, campainha sem fio e monitoramento por câmeras internas. Também possuem um sistema de sonorização que anuncia a próxima parada.
‘Teremos o melhor transporte coletivo do Brasil’
O presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explica que o investimento do Estado no projeto da Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo é realizado em várias ações paralelas.
“São reformas de 19 estações do Eixo Anhanguera e de terminais; troca de cerca de 7 mil pontos de ônibus; e renovação de frota, com quase 1,2 mil veículos”, elencou.
A Nova RMTC é fruto de um estudo especializado em mobilidade urbana para melhorar a qualidade do sistema na Grande Goiânia. Adriano estima que cerca de 10% do projeto já foi feito, e segue em evolução.
“É um trabalho intenso, passo a passo. Teremos o melhor transporte coletivo do Brasil. Goiânia será referência para o mundo inteiro”, projeta o secretário-geral.
O vice-governador Daniel Vilela lembrou que toda a transformação em andamento no transporte público é realizada sem pesar para o cidadão, pelo contrário.
“Há seis anos não se aumenta o valor da tarifa. É algo que não acontece em nenhum lugar do Brasil”, ressalta.
O preço da passagem na grande Goiânia é R$ 4,30. O Estado custeia uma porcentagem, enquanto municípios da Região Metropolitana arcam com a outra parte.
