Hoje é 19 de setembro de 2024 14:02

Justiça bloqueia R$ 20 milhões de empresa de Gusttavo Lima

Cantor negou qualquer envolvimento criminoso com empresa Vai de Bet, principal alvo da investigação
Apreensão de avião em nome de Gusttavo Lima levanta suspeitas sobre transações com empresário foragido // Foto: Reprodução

A empresa Balada Eventos e Produções, do cantor Gusttavo Lima, foi um dos alvos de uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e apostas ilegais. A Justiça bloqueou R$ 20 milhões da empresa, além de determinar a apreensão de imóveis e embarcações em nome da Balada Eventos. A operação faz parte da operação Integration, que busca desmantelar uma organização criminosa voltada para jogos ilegais que atua em todo o país.

O bloqueio de bens ocorreu na última quarta-feira (04/09), como parte das medidas que também resultaram na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, supostamente envolvida no mesmo esquema. A investigação, que começou em abril de 2023, já bloqueou R$ 2,1 bilhões em ativos, atingindo diversas figuras públicas e empresários, como José da Rocha Neto, proprietário da empresa Vai de Bet, que tem Gustavo Lima como divulgador.

De acordo com as investigações, a Balada Eventos teria sido utilizada como intermediária para a lavagem de dinheiro, em parceria com Rocha Neto. Além dos R$ 20 milhões bloqueados da Balada, a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 35 milhões de Rocha Neto e R$ 160 milhões de suas empresas. O empresário, atualmente considerado foragido, teria sido visto pela última vez no exterior.

Durante a operação, um avião que ainda está registrado no nome da empresa do cantor, conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), também foi apreendido. A aeronave estaria em processo de transferência para uma das empresas de Rocha Neto, a JMJ Participações.

‘Me tira fora disso’, diz cantor

Foto: Reprodução

O artista declarou em suas redes sociais que não tem envolvimento algum com os crimes investigados. “Estão dizendo que meu avião foi preso. Gente, não tenho nada a ver com isso, tá bom? Me tira fora disso. Esse avião foi vendido ano passado e não tenho nada a ver com isso. Honra e honestidade foram as únicas coisas que eu tive na minha vida e isso não se negocia”, disse ele.

Gusttavo Lima também negou, em nota enviada ao programa Fantástico da Globo, qualquer envolvimento com o esquema criminoso. Afirmando que a venda da aeronave por sua empresa seguiu todos os trâmites legais.

“Gusttavo Lima não tem envolvimento com nenhuma organização criminosa”, declarou a empresa no texto. O cantor alegou que a Balada Eventos, responsável pela gestão de sua carreira, atua no ramo de entretenimento há mais de dez anos e sempre cumpriu as leis. Segundo seu advogado, a empresa “apenas vendeu um avião a uma das empresas investigadas”.

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