Hoje é 24 de novembro de 2024 18:18

Nove pessoas são presas por receptação e adulteração de peças automotivas

Operação cumpriu 23 mandados judiciais em Goiás, São Paulo e Maranhão contra suposta associação criminosa que revendia mercadoria ilegal
Delegada afirma que as peças vinham para Goiás junto com mercadorias compradas em leilão de forma lícita, para mascarar o esquema // Foto: PCGO

Uma operação da Polícia Civil de Goiás, na manhã desta quarta-feira (30/10), teve como objetivo combater um esquema de receptação e adulteração de peças automotivas que atuava em Goiás, São Paulo e Maranhão. No total, foram cumpridos 23 mandados judiciais, incluindo 14 mandados de busca e apreensão e nove de prisão temporária.

Com base na investigação, a mercadoria ilegal era transportada em caminhões-baú no meio de peças de leilão, compradas legalmente, para não serem pegas em fiscalizações. Os itens vinham de São Paulo para Goiás, onde eram revendidos em lojas e galpões especializados em peças automotivas.

As ações foram realizadas simultaneamente em cinco cidades: Goiânia (GO), Abadia de Goiás (GO), Campinas (SP), Mogi Mirim (SP) e Imperatriz (MA). Em Goiás, as autoridades prenderam cinco pessoas na capital e em Abadia de Goiás, e apreenderam celulares, notas fiscais e peças de veículos que estavam adulteradas.

A operação também incluiu buscas em quatro estabelecimentos comerciais de peças usadas em Goiânia. Um dos principais suspeitos, que seria responsável pelo envio das peças de São Paulo, foi preso no Maranhão.

De acordo com a delegada Rafaela Azzi, o esquema era sofisticado e envolvia a ocultação das peças e adulteração dos sinais identificadores.

“Essa é uma investigação que apura a recepção de componentes veiculares ocultados em caminhões e baús que transportam componentes usados, peças de leilão, peças lícitas, então, em meio a essa investigação, essas peças vêm para Goiás, componentes adulterados, com sinal identificador suprimido”, afirmou a delegada.

A apuração indica que os receptadores supostamente compravam peças sabendo de sua origem ilegal. Os envolvidos podem responder por associação criminosa e adulteração de peças automotivas, crimes que podem resultar em até 16 anos de prisão.

As investigações ainda buscam determinar há quanto tempo o esquema vinha operando e a quantidade de peças que foram transportadas e vendidas. A polícia está analisando todos os materiais apreendidos e aguarda laudos periciais para avançar no caso.

“Nos próximos dias, todas essas pessoas presas ou envolvidas, mesmo que não presas, serão ouvidas. Nós vamos requisitar perícia ao Laboratório de Identificação Veicular dos componentes verificados nesses estabelecimentos comerciais, e a investigação deve transcorrer nesse sentido, aguardar o laudo pericial e a oitiva das pessoas envolvidas”, concluiu a delegada Rafaela Azzi.

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