A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), realizou na última segunda-feira (11/11) uma operação em Caldas Novas e Aparecida de Goiânia para prender dois suspeitos envolvidos na tentativa de homicídio de uma criança de sete anos.
O crime ocorreu em 27 de setembro de 2024, no Setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações, João Pedro dos Anjos Soares pilotava a motocicleta em que Genilson Rosa Rodrigues estava como garupa; ele teria realizado os disparos com uma pistola calibre .380.
O ataque, no entanto, visava atingir integrantes da torcida organizada rival, a Força Jovem, que estavam parados em frente a uma distribuidora. Mas acabaram acertando o rosto do menino.
As autoridades apontam que, além de simpatizarem com a torcida organizada “Esquadrão Vilanovense”, os suspeitos têm ligações com uma organização criminosa de alcance nacional. Durante a operação, a polícia apreendeu a motocicleta utilizada no dia do crime.
A operação contou com o suporte do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol, do Ministério Público do Estado de Goiás. A divulgação da identidade dos suspeitos foi realizada em conformidade com a legislação vigente, incluindo a Lei nº 13.869/2019 e a Portaria nº 547/2021 da Polícia Civil. Essa medida tem o objetivo de identificar outras possíveis vítimas da dupla.
PCGO prende 12 pessoas em São Paulo por golpes digitais
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, realizou nesta terça-feira (12/11) duas operações simultâneas, Intermedius e Illusio, para combater esquemas de fraudes eletrônicas que causaram prejuízos de cerca de R$ 500 mil para as vítimas dos golpes.
As ações foram realizadas na capital paulista e em seis cidades da Grande São Paulo (Embu das Artes, Francisco Morato, Guarulhos, Itapevi, Diadema e Ferraz de Vasconcelos) para cumprir 68 mandados judiciais, incluindo 34 de prisão e 34 de busca e apreensão. Entretanto, até o momento, somente 12 pessoas foram detidas.
Os alvos estão sendo investigados pelos crimes de fraude eletrônica, furto qualificado, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
*Esquema de fraude bancária*
A operação Illusio investiga um esquema em que golpistas utilizavam técnicas de engenharia social para enganar as vítimas e induzi-las a realizar transferências bancárias, alegando “segurança de conta”. O esquema foi executado entre os dias 10 e 16 de novembro de 2022, e as transações fraudulentas somaram um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil.
Segundo a polícia, os suspeitos se aproveitaram da vulnerabilidade das vítimas para convencê-las de que suas contas estavam em risco, direcionando-as a transferir valores para contas ligadas ao esquema criminoso.
*Golpe das Missões*
A operação Intermedius mira uma organização criminosa especializada em um esquema conhecido como “golpe das missões”, que utiliza uma abordagem de “dinheiro fácil” para atrair vítimas. Nesse esquema, as vítimas eram incentivadas a realizar pequenas ações, como seguir perfis em redes sociais ou deixar avaliações positivas online, com a promessa de retornos financeiros.
No entanto, para receber o pagamento das tarefas iniciais, as vítimas eram induzidas a fazer novos investimentos, criando um ciclo vicioso que dificultava o resgate do valor investido.
A investigação indica que os suspeitos abriam diversas contas bancárias em instituições financeiras variadas e utilizavam empresas de fachada para lavar o dinheiro e mascarar a sua origem ilícita.
Uma dessas organizações, registrada em nome dos líderes da organização, chegou a declarar um capital social de R$ 6 milhões. Conforme apurado, ela tem ainda outras quatro empresas registradas no exterior.
Essa companhia foi identificada como intermediadora dos valores ilícitos e já possui quase 7 mil reclamações no site “Reclame Aqui”, a maioria relacionada a fraudes em plataformas de jogos online.