Hoje é 23 de novembro de 2024 02:20

Hospital em Goiânia é investigado por fraudes em transplante de córneas

Em outras operações da Polícia Civil, suspeitos de homicídio em feira de Goiânia e funcionária que confessou ter furtado dinheiro da empresa foram presos
PC suspeita que hospital tenha beneficiado pacientes em troca de compensação financeira, alterando o fluxo de doação e captação de tecidos oculares // Foto: PCGO

A Polícia Civil de Goiás investiga um hospital oftalmológico no Setor Marista, em Goiânia, por fraudes na lista de espera para transplante de córnea. A Operação Panoptes foi realizada na manhã desta quarta-feira (13/11) após uma auditoria realizada pela Central de Transplantes de Goiás, que detectou irregularidades nos procedimentos realizados por um médico oftalmologista da unidade hospitalar.

A ação, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), envolveu o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Goiânia e Aparecida de Goiânia, além da suspensão do registro profissional do médico investigado e o sequestro de bens avaliados em R$ 3 milhões. No momento das buscas na residência do médico e nas dependências do hospital, os agentes recolheram documentos, prontuários médicos, dados financeiros e equipamentos eletrônicos que podem servir como provas.

Segundo informações preliminares, há indícios de que o hospital manipulava a lista de espera de transplantes de córneas, priorizando alguns pacientes fora da ordem estabelecida pela chamada regular, prática que configura violação ao Código de Defesa do Consumidor e às normas de saúde pública.

Conforme as autoridades, existe a possibilidade de que o hospital tenha utilizado meios ilícitos para beneficiar certos pacientes em troca de compensação financeira, alterando o fluxo natural de doação e captação de tecidos oculares.

A operação contou com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), especialmente da Gerência de Ações Estratégicas, que colaborou com a Polícia Civil na análise dos registros de transplantes e das listas de espera. A SES-GO forneceu dados detalhados sobre os transplantes de córneas realizados no hospital, o que permitiu aos investigadores traçarem o perfil dos atendimentos e identificar sinais de possíveis manipulações nos processos.

Agora, a investigação seguirá com a análise do material apreendido, como documentos financeiros e registros médicos, para estabelecer uma linha cronológica das operações do hospital e identificar beneficiários do esquema, assim como eventuais cúmplices. Caso sejam confirmadas as irregularidades, os envolvidos poderão responder por crimes como fraude, estelionato e infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

PC prende 3 suspeitos de homicídio e tentativa de homicídio

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13/11), a Operação Ágora, que resultou na prisão de três suspeitos de um homicídio e uma tentativa de homicídio ocorridos em Goiânia. O crime aconteceu em 7 de julho, na Feira do Setor dos Funcionários, na região Centro-Oeste da capital. Além das prisões, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, Trindade e Iporá.

De acordo com as investigações, a vítima fatal era um traficante de drogas e membro de uma organização criminosa. A polícia trabalha com a suposição de que os fornecedores desconfiaram que ele estaria passando informações para a polícia, resultando em prisões na região, e por isso ordenaram o assassinato.

Durante o tiroteio, o executor disparou várias vezes contra o homem, que morreu no local. Uma cantora gospel, que não tinha nenhum envolvimento com o caso, estava comprando pastel na feira quando tudo aconteceu e foi atingida pelos disparos. Ela foi socorrida, passou por duas cirurgias e, atualmente, faz sessões de fisioterapia para tentar recuperar a capacidade locomotora.

Os supostos mandantes do crime são Cleiton César Dias Mello, que tem passagens por homicídios, porte de arma, receptação e tráfico de drogas, e Maxwel Cunha Fonseca, com registros por tráfico e porte de arma. Ambos são traficantes com influência na área onde o crime ocorreu e estão foragidos da polícia, provavelmente abrigados no Rio de Janeiro, em uma comunidade dominada pela organização criminosa que integram.

O executor do homicídio foi identificado como Rosiron Teodoro Rodrigues Neto, de 21 anos, residente em Iporá. Ele teria sido contratado por Maxwel, com o consentimento de Cleiton, para matar a vítima. Segundo a polícia, ele chegou a Goiânia em 6 de julho, cometeu o assassinato no dia seguinte e retornou para Iporá. O momento do crime foi registrado por câmeras de segurança, que também mostraram Rosiron procurando a casa de um outro suspeito para devolver a motocicleta utilizada no assassinato.

Além de Rosiron, Gilberto Leite de Moraes, suspeito de fornecer a arma usada no crime, foi preso temporariamente. Uma outra pessoa, Jocineide Barbosa de Souza, foi presa em flagrante por tráfico de drogas, pois possuía porções de cocaína prontas para distribuição no momento da abordagem policial.

Funcionária de loja é presa por furtar R$ 7 mil da empresa

A Polícia Civil prendeu em flagrante na noite de segunda-feira (11/11) uma funcionária de uma loja de roupas localizada no Setor Fama, em Goiânia, por furto. A dona da empresa denunciou seis transferências bancárias, feitas pela conta da companhia via PIX, para um destinatário desconhecido por ela.

O valor total das transferências somou R$ 7 mil e ocorreram entre os dias 31 de outubro e 11 de novembro de 2024. Ao registrar o boletim de ocorrência, a empresária descobriu que o beneficiário das transferências era o marido de uma de suas funcionárias, que era responsável pelo marketing da empresa e possuía acesso ao celular da empresária.

Durante a abordagem, a funcionária confessou o crime, admitindo que havia transferido o dinheiro para a conta do seu esposo. A equipe policial também se dirigiu até a residência da investigada, no Setor Itatiaia, e lá encontrou dois celulares pertencentes à empresa, sendo que um deles a suspeita não tinha autorização para levar para casa.

Durante a consulta ao nome da suspeita, os policiais descobriram que ela possuía dois processos pelo mesmo crime, inclusive com um mandado de prisão preventiva decretado em outubro deste ano pela 7ª Vara Criminal de Goiânia. O mandado estava em aberto e foi cumprido pela Polícia Civil durante a ação.

Na audiência de custódia realizada nesta terça-feira (12/11), a Justiça negou a liberdade provisória da investigada, que segue recolhida na penitenciária à disposição do Poder Judiciário.

O delegado Diogo Luiz Barreira Gomes, responsável pela investigação, informou que a funcionária foi autuada em flagrante pelo crime de furto qualificado, com base no abuso de confiança, e poderá cumprir pena de 4 a 8 anos de prisão.

“Ao consultar o seu nome, percebemos que ela tinha um outro processo pelo mesmo crime de abuso de confiança, em um salão de beleza onde ela trabalhou e, inclusive, tinha um mandado de prisão em aberto. A polícia civil cumpriu o mandado de prisão e autuou-a em flagrante pelo crime de furto qualificado pelo abuso de confiança, com a pena estimada de 4 a 8 anos. A mesma passou por uma audiência de custódia e não conseguiu a liberdade provisória, estando recolhida na penitenciária à disposição do Poder Judiciário”, disse o delegado.

PC GO deflagra operações contra fraude eletrônica em SP e MA

Nesta quarta-feira (13/11), a Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic) de Rio Verde, deflagrou duas operações para combater uma associação criminosa envolvida em estelionato eletrônico. As operações, denominadas Game Over e Fake Invest, tiveram como objetivo o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo/SP, Guarujá/SP, São Vicente/SP, Praia Grande/SP, Afonso Cunha/MA e Pedreiras/MA.

Na operação Fake Invest, as investigações indicam que os criminosos se aproveitaram da conta de uma influenciadora digital, que foi invadida, para realizar uma falsa publicação sobre investimentos. Uma das vítimas, acreditando na oferta, perdeu aproximadamente R$ 250 mil ao seguir o anúncio fraudulento.

Já na operação Game Over, os estelionatários agiam de forma diferente. Eles monitoravam anúncios de venda de eletrônicos em plataformas online e entravam em contato com as vítimas, enviando falsos e-mails, supostamente de plataformas de venda, para enganá-las sobre o pagamento das mercadorias. Após o golpe, contratavam motoristas de aplicativo para retirar os produtos e encaminhá-los para São Paulo.

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