Hoje é 21 de novembro de 2024 09:03

Festa da Jabuticaba e Mutirão das Fiandeiras celebram tradição de Hidrolândia

Reunindo fiandeiras de 15 municípios de Goiás, evento relembra a arte de produzir tecidos manualmente e promove interação entre gerações
Prefeito José Délio Júnior afirma que mutirão traz uma reflexão sobre a dificuldade enfrentada pelas mulheres no passado // Foto: Prefeitura de Hidrolândia

A Prefeitura de Hidrolândia realizou neste domingo (17/11) o 29° Mutirão das Fiandeiras e Festa da Jabuticaba. O evento gratuito reuniu cerca de 4 mil pessoas no Parque de Eventos da cidade para celebrar as tradições e símbolos locais. 

O prefeito José Délio Júnior afirma que esta é uma oportunidade de refletir sobre a dificuldade enfrentada pelas mulheres no passado, que precisavam trabalhar, cuidar da casa e ainda confeccionar tecidos e roupas para suas famílias. 

“A mulher tinha uma jornada de trabalho extensa e, além disso, ainda tinha que se preocupar em tecer roupa, cobertores para a sua família. Isso quando foi criado há 35 anos aqui em Hidrolândia. Por um tempo, ela ficou parada e nós resgatamos essa tradição, que é um momento de entretenimento, para que as novas gerações vejam o quanto foi difícil, o quanto foi complicado esse ciclo. E hoje a modernidade chegou, mas a gente não pode esquecer as nossas raízes, as nossas tradições”, destaca José Délio. 

“Fizemos um mutirão para fazer cobertas para as famílias mais pobres e a ideia deu certo” – Maria Onésia

Maria Onésia de Araújo, viúva do ex-prefeito Casimiro Lino de Araújo e fundadora do Mutirão das Fiandeiras, conta que tudo começou como uma forma de ajudar as famílias mais vulneráveis que não tinham cobertores para se proteger do frio no inverno. 

“Na época, lá na década de 90, a gente iniciou esse mutirão porque o dinheiro era sempre pouco, e tinha muita criança passando frio, né? Uma amiga falou para nós fazermos um mutirão para fazer cobertas para as famílias mais pobres e a ideia deu certo. Fico muito, muito feliz em ver que Hidrolândia melhorou bastante”, comenta a ex-primeira-dama conhecida na cidade como Dona Filinha. 

Nessa edição, fiandeiras de 15 municípios participaram do mutirão. A prefeita de Bela Vista, Nárcia Kelly, comentou sobre a importância dessa confraternização. 

“É uma alegria para nós podermos estar aqui em Hidrolândia, prestigiando as fiandeiras, a gestão do prefeito Zé Délio e também confraternizando com fiandeiras do estado inteiro, porque aqui tem comitivas de várias cidades. Isso é a valorização da nossa cultura, da nossa história, das nossas raízes. Elas ficam muito felizes, né? Meu Deus, para elas é uma alegria estar aqui mostrando o trabalho. E para nós também. Parabéns, Hidrolândia. Parabéns, Zé Délio e toda a equipe!”, disse a prefeita. 

Para a primeira-dama Carina Carvalho, a festa é a culminância de um trabalho feito no Centro de Convivência de Idosos (CCI) todas as semanas. 

“Dentro da Secretaria de Assistência Social, esse trabalho de reunir os idosos é feito todos os dias, é realmente a inclusão social. E o mutirão das fiandeiras foi muito bem aceito porque é o resgate das memórias, da arte de tecer, de cardar. E esse trabalho psicológico traz um efeito grandioso e é isso que queremos compartilhar com outros municípios. É um trabalho afetivo que a gente realiza com muito carinho com todas elas”, explica a secretária de Assistência Social. 

A festa contou com mais uma edição da Feira das Mulheres Empreendedoras e barracas com comida e bebida. Além disso, houve um almoço gratuito servido pela prefeitura e distribuição de jabuticaba doada pela Vinícola Jabuticabal para todos os visitantes. 

O deputado estadual Virmondes Cruvinel esteve presente na festa e comentou sobre a importância de manter essas tradições vivas com a inclusão dela no calendário oficial de eventos. 

“Eu acho muito valioso a gente resgatar a nossa história. E aqui o Mutirão das Fiandeiras representa isso. Então, colocar esse evento no calendário oficial do município permite levar essa tradição até para dentro das escolas, para que as novas gerações possam conhecer esse legado”, afirma Virmondes Cruvinel.

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