Nos primeiros nove meses de 2024, Goiás registrou um saldo positivo de empregos, com destaque para o setor da construção civil, que criou 15 mil novas vagas. Esse crescimento é reflexo da expansão do setor imobiliário e do avanço em obras de infraestrutura no estado. Os dados são do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho.
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) também se destacaram na geração de empregos. Em setembro de 2024, elas foram responsáveis por 5.300 novos postos de trabalho, número que acompanha de perto o saldo geral de Goiás no mesmo mês, que foi de 5.516 vagas.
Entre setembro de 2023 e setembro de 2024, o saldo de empregos em Goiás e nas MPEs passou por variações significativas. Nas MPEs, os melhores resultados foram observados em janeiro de 2024, com 9.471 vagas, e em fevereiro, com 9.312. Contudo, houve uma queda acentuada que começou em novembro de 2023, com saldo negativo de -150, e atingiu -9.348.
O estado acompanhou essa tendência de queda, registrando saldo negativo de -7.646 em novembro de 2023 e chegando a -16.905 em dezembro. A recuperação começou em janeiro de 2024, com 14.129 vagas, alcançando o melhor resultado do período em março, com 15.630 novos empregos. Segundo especialistas, essas oscilações refletem a sazonalidade típica do mercado de trabalho.
As MPEs foram responsáveis pela criação de 55.530 vagas de emprego entre janeiro e setembro de 2024, o que representa 67% dos postos de trabalho gerados em Goiás. Em comparação, as Médias e Grandes Empresas (MGE) contribuíram com 20.512 vagas, cerca de 25% do total.
Por setor, os melhores resultados das MPEs foram registrados em Serviços, com 2.255 novos empregos, seguidos pela Construção Civil (1.245), Comércio (1.231), Indústria da Transformação (491) e Agropecuária (88). O único setor com saldo negativo foi a Extrativa Mineral, que registrou -32 vagas.
Entre as atividades econômicas das MPEs, os destaques foram restaurantes e serviços de alimentação e bebidas, com 407 novas vagas, seguidos pela incorporação de empreendimentos imobiliários, que gerou 391 empregos. A construção de edifícios contribuiu com 371 postos de trabalho, enquanto os serviços combinados de escritórios e apoio administrativo criaram 349 vagas. Por fim, o comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário registrou um saldo positivo de 252 vagas.
