O general Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro, foi preso neste sábado (14/12) em Copacabana, no Rio de Janeiro. A prisão preventiva foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal no contexto do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. Netto está detido e será entregue ao Comando Militar do Leste onde fica sob custódia do exército.
A ação realizada pela Polícia Federal cumpriu também dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Brasília, contra pessoas suspeitas de atrapalhar o processo penal. Essa medida, conforme informado pelos policiais, tem o intuito de evitar a repetição de ações ilícitas.
Já foram indiciadas no inquérito da Polícia Federal 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa e candidato a vice pelo PL nas eleições de 2022, preso na operação, Walter Souza Braga Netto.
As investigações indicam que esses suspeitos teriam formado uma organização criminosa que atuaria de forma coordenada na tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas urnas.
O inquérito concluiu ainda que Braga Netto era a principal autoridade responsável pelo planejamento do golpe, dando respaldo aos oficiais e comandantes. De acordo com a PF, a reunião de 12 de novembro de 2022 para apresentar o plano de impedir a posse do governo eleito foi sediada na casa do general.