A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu em flagrante duas pessoas durante a operação “Terra Limpa,” realizada na terça-feira (17/12), nos municípios de Trindade e Paraúna. Realizada em parceria com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), a ação desarticulou um esquema de armazenamento inadequado de 25 toneladas de embalagens de agrotóxicos, além de combater o comércio ilegal de defensivos agrícolas na região.
A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.
As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento (algumas prensadas, outras trituradas) e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.
Durante a operação, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na descoberta de locais que armazenavam embalagens de produtos químicos sem autorização e sem a documentação exigida por lei.
A Polícia Civil ressaltou que esses pontos não possuíam credenciamento junto ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e não seguiam as diretrizes do Sistema Campo Limpo, que regula a logística reversa das embalagens de agrotóxicos.
Os suspeitos presos foram encaminhados à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), onde foram autuados e permanecem à disposição da Justiça.
‘Traz danos à população e afeta a cadeia produtiva’
Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.
Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores –, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.
Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.
“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.
Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.
“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”, explica.
Suspeitos de assalto a motorista de aplicativo são presos em Aparecida
A Polícia Civil de Goiás prendeu nesta quinta-feira (19/12) em Aparecida de Goiânia dois homens suspeitos de assaltar um motociclista enquanto a vítima trabalhava como motorista por aplicativo. A ação faz parte da Operação Falsa Chamada, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA).
Segundo informações divulgadas pela corporação, os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos como parte da investigação de um roubo registrado recentemente. Na ocasião, a vítima foi atraída por uma solicitação de corrida e, ao chegar ao local combinado, foi surpreendida pelos criminosos.
Armados, os suspeitos anunciaram o assalto, ameaçaram o motociclista e fugiram levando o veículo. As identidades dos envolvidos não foram divulgadas.
Além dos dois mandados de prisões temporárias, a polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Aparecida de Goiânia relacionados aos investigados. Os dois homens devem ser indiciados pelo crime de roubo majorado pelo concurso de duas ou mais pessoas e emprego de arma de fogo.