Hoje é 9 de janeiro de 2025 18:15

Leandro Vilela diz que fará mais cortes por conta das dívidas da prefeitura

Com déficit no caixa já próximo de R$ 400 milhões, prefeito anunciou que terá de reduzir drasticamente o número de cargos comissionados para enxugar a máquina
Leandro Vilela, prefeito de Aparecida de Goiânia: “O que tiveram coragem de fazer com o município de Aparecida é desrespeitoso, não poderia ter sido feito” // Fotos: Rodrigo Estrela

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), afirmou nesta quarta-feira (8/1) que as dívidas herdadas do antecessor, Vilmar Mariano (UB), são maiores do que se imaginavam e, devido à falta de recursos, não resta opção a não ser cortar gastos.

“As finanças, a cada dia, estão mais preocupantes. Eu dizia de um déficit aí de R$ 300 milhões, mas ele já está próximo da casa dos R$ 400 milhões, já que ontem foram encontrados 248 processos que vieram trazendo empenhos de R$ 95 milhões”, disse o gestor, durante lançamento da operação tapa-buracos, de limpeza e roçagem da cidade.

Segundo Vilela, a situação do município “é calamitosa” diante da falta de recursos sequer para pagar o salário dos servidores referente ao mês de dezembro. Ele cita ainda falta de insumos em áreas da saúde e material para a zeladoria e corte da internet, também por falta de pagamento.

“Infelizmente, Aparecida retrocedeu nos últimos três anos, sob a administração de Vilmar, 30 anos! Trinta anos, com o que fizeram com as finanças públicas e a situação calamitosa que deixou todos os setores da administração pública do nosso município”, disse, ao informar que solicitou ao controle interno da prefeitura que comunique a situação ao Tribunal de Contas dos Municípios.

“Ontem foi protocolado no Tribunal de Contas dos Municípios para que os órgãos de controle possam averiguar, aferir e todos eles serão repassados, porque é dinheiro público, isso trata-se de respeito e é lamentável o que foi feito”, frisou.

Vamos reduzir drasticamente o número de comissionados’

Ainda durante a coletiva, Leandro Vilela pediu compreensão dos moradores do município e disse que, diante do quadro, terá de tomar providências ainda mais rígidas para enxugar a máquina administrativa.

“Vamos reduzir drasticamente o número de cargos comissionados. Não tem outra alternativa. Isso vai ter que ser feito, porque senão quem é sempre prejudicado é o cidadão”, lembrou.

O prefeito disse novamente que o ex-prefeito Vilmar Mariano, “de forma irresponsável”, pagou R$ 135 milhões a fornecedores com receita de dezembro e não pagou o salário dos servidores. Por isso, frisou, ainda não há previsão para pagamento da folha de dezembro.

“Porque não tem recursos em caixa. Infelizmente. Mas, assim que for entrando os recursos, nós vamos fazer um cronograma e vamos pagar”, garantiu.

“É bom que todos saibam, que a cidade saiba como foi feito, o que foi feito na gestão anterior aqui, de forma irresponsável, principalmente com os servidores”, pontuou o prefeito, que não descarta decretação de calamidade nas finanças da prefeitura.

Para enfrentar a situação difícil, segundo Vilela, de imediato todos os outros secretários foram orientados a focar naquilo que é essencial enquanto tentam mudar o cenário em que encontraram a cidade.

Para não paralisar os serviços básicos e atendimento à população, o prefeito disse que o está pedindo crédito de confiança principalmente aos fornecedores para restabelecer o fornecimento à prefeitura de insumos. Segundo ele, o prestador de serviço que fornece combustível para o município tem R$ 1,5 milhão a receber.

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