A Polícia Civil de Goiás realizou, na manhã desta sexta-feira (7/3), a operação La Casa de Papel, que investigou um falso banco que operava clandestinamente em um edifício de luxo em Goiânia. O esquema criminoso envolvia a obtenção de vantagens indevidas por meio de operações financeiras fraudulentas, nas quais clientes davam seus imóveis como garantia de empréstimos a terceiros.
Conforme apurado na investigação, além de exigirem os imóveis como garantia, os suspeitos cobravam altas taxas para a liberação dos valores dos empréstimos, que nunca eram pagos. O delegado Luiz Carlos Cruz, responsável pela investigação, explicou que esses imóveis eram vendidos a terceiros de boa-fé.
“O grupo organizou e montou um banco falso, montaram uma instituição financeira falsa e vitimaram inúmeras pessoas com operações financeiras que dizem que esse grupo criminoso captava os imóveis dessas vítimas e vendiam para terceiros de boa-fé”, afirmou o delegado.
A operação foi conduzida pelo Grupo Especial de Investigações Criminais de Anápolis e cumpriu 83 medidas judiciais em Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Sobradinho (DF). Durante a ação, foram apreendidos relógios de luxo e bloqueados R$ 3,3 milhões dos investigados.
O prejuízo total causado pelo esquema ainda não foi calculado, mas as autoridades estimam que o valor ultrapasse milhões de reais. O delegado informou que as investigações continuam até que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados.
“A Polícia Civil continuará com as investigações até a completa elucidação dos fatos e a responsabilização criminal de todos os responsáveis”, afirmou o delegado.