A dona de casa Lilian Leonardo Silva, de 48 anos, foi encontrada morta no Rio Meia Ponte, na região do Novo Mundo, em Goiânia pela Polícia Civil de Goiás. Desaparecida desde 26 de fevereiro, ela saiu de casa sem levar celular ou documentos. O corpo foi localizado na terça-feira (11/3) e identificado no dia seguinte, por meio da análise da arcada dentária feita pela Polícia Científica.
O delegado Pedromar Augusto de Souza afirmou à imprensa que a suspeita inicial era de que o corpo fosse de Lilian, pois as roupas encontradas correspondiam às que ela usava no dia do desaparecimento. A investigação apontou que a vítima pegou um ônibus até a região onde foi achada. Como possuía imóveis no Recanto das Minas Gerais com o ex-companheiro, a polícia acredita que ela conhecia bem o local.
O filho de Lilian, Gabriel Leonardo, de 18 anos, relatou que a mãe foi vista pela última vez pela irmã mais nova, de 15 anos, antes de ir para a escola. Ao retornar para casa, a adolescente não encontrou Lilian e avisou Gabriel, que inicialmente não se preocupou. No dia seguinte, ao perceber que a mãe não havia voltado, registrou um boletim de ocorrência.
A família informou que Lilian sofria de ansiedade e depressão, e o filho acredita que ela possa ter tido um surto no dia do desaparecimento. Gabriel chegou a procurar a mãe em hospitais e tentou encontrar imagens de câmeras de segurança próximas à residência, mas sem sucesso. O caso segue sob investigação da Delegacia de Investigação de Desaparecidos e, posteriormente, será encaminhado para a Delegacia de Homicídios.
O desaparecimento de Lilian chama atenção para um problema recorrente em Goiás. Dados do Governo Federal apontam que, entre 2017 e 2024, mais de 23 mil pessoas desapareceram no estado, uma média de nove por dia. No mesmo período, apenas três desaparecidos por dia foram localizados, evidenciando falhas nos registros e na estrutura de busca.
Especialistas destacam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para lidar com os desaparecimentos. A falta de atualização nos boletins de ocorrência e a ausência de uma estrutura adequada dificultam a localização dessas pessoas. Enquanto isso, famílias seguem angustiadas em busca de respostas sobre o paradeiro de seus entes queridos.