O cantor Gusttavo Lima anunciou nesta quarta-feira (19/3) que não pretende trocar a carreira musical pela política. Em vídeo, o sertanejo declarou que sua prioridade agora é a música, descartando a ideia de disputar cargos como Presidência da República, Senado ou Câmara dos Deputados.
“Não sou candidato a nenhum cargo político em 26. Nem mesmo sou filiado a qualquer partido”, disse, após fazer uma breve explanação de sua vida e carreira.
Ele ainda agradeceu às manifestações de apoio para entrar na vida política, mas disse que pretende colaborar de outras formas para diminuir as desigualdades sociais.
“Eu pensei muito bem, quero continuar minha carreira artística, cantando, fazendo negócios. Porém, mesmo não fazendo parte da política, vocês sabem que eu vou continuar fazendo a minha parte, ajudando quem mais precisa, como sempre fiz”, acrescentou no vídeo, em que também pede união política para resolver os problemas da população.
A decisão de desistir da carreira política foi reforçada em entrevista ao site Metrópoles: “Estou desistindo da candidatura a presidente do Brasil em 2026. Nada impede que, na próxima eleição ou daqui a duas ou três, eu seja candidato”, disse.
O artista revelou ainda que está concentrado na produção de um disco em espanhol, previsto para lançamento em 2025.
Cantor era cogitado para vice de Caiado
A decisão vem em meio a intensas especulações e pouco tempo antes do lançamento da pré-candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), marcado para 4 de abril, em Salvador. A ideia inicial era que os dois “caminhassem juntos”, mas Gusttavo Lima optou por focar em sua carreira de cantor internacional.
Além das pressões do meio político, pesquisas de intenção de voto já demonstravam índices desfavoráveis. Segundo levantamento do Paraná Pesquisas, apenas 27,8% dos eleitores aprovavam a entrada do cantor na política, enquanto 65,7% eram contrários. Outro estudo em Pernambuco o colocava em quarto lugar, atrás de nomes como Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes.
Ainda ao justificar a decisão, o sertanejo, que sempre teve uma forte conexão com o público, afirmou que “não tem estômago” para negociar interesses que muitas vezes não atendem ao Brasil, mas sim a partidos e interesses pessoais.
