A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia promoveu, nesta segunda-feira (28/4) uma audiência pública com tema: “Por uma Aparecida mais inclusiva: o Poder Legislativo e a população neurodivergente”, que teve como foco a discussão sobre a inclusão e os direitos de uma parcela da população que tem em seu guarda-chuva pessoas autistas, epilépticas, bipolares, sinestésicas ou disléxicas, entre outras. A iniciativa dos vereadores Tales de Castro (PSB) e Tatá Teixeira (PSDB) reuniu representantes de diversas entidades, autoridades e membros da comunidade que atuam no município. O objetivo foi discutir políticas públicas inclusivas e fortalecer o atendimento a pessoas deste grupo social.
A abertura contou com a presença de lideranças como Wagner Rodrigues, do Instituto Nacional de Cidadania, Educação e Saúde Coletiva (INCESC), a vereadora e procuradora da mulher na Câmara, Camila Rosa, a coordenadora da Associação de Mães e Amigos de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (AMAG), Lévora Lima, da diretora do CAPS Infantil Alegria, Cristiane, e do diretor de Responsabilidade Social e advogado da Clínica Teia, Eliezer Rangel. Os vereadores Rogério Almeida e Lipe Gomes também participaram do evento e manifestaram apoio às propostas apresentadas.
Durante o evento, várias propostas foram apresentadas, incluindo a criação do Comitê Permanente da Pessoa com Autismo. Também se destacou a necessidade de uma fiscalização rigorosa da Lei Berenice Piana e a prioridade no atendimento de saúde mental para familiares de pessoas autistas. Participaram dos debates representantes da educação, saúde, assistência social e cultura, que reforçaram a importância de ações intersetoriais. Relatos emocionados de mães reforçaram a urgência de avanços concretos.
O maestro Francinaldo, da Escola de Música de Aparecida, anunciou a elaboração de um projeto para atender crianças neurodivergentes. Já os vereadores presentes reforçaram o compromisso de transformar os encaminhamentos em ações práticas. Tales de Castro afirmou que “a nossa missão aqui é construir pontes, não muros”, enquanto Tatá Teixeira destacou que a luta pela inclusão é contínua. Estamos ao lado das famílias, dos educadores e dos profissionais que lutam todos os dias pela inclusão. Ambos prometeram empenho para aprovação das propostas discutidas.
Ao final da audiência, foram definidos os principais encaminhamentos: criação do Comitê Permanente de Apoio à Pessoa com Autismo, capacitação contínua de servidores, ampliação da Clínica-Escola TEIA e melhorias no CAPS Infantil Alegria. Também será implementado um cronograma para garantir professores de apoio nas escolas e projetos inclusivos na Escola de Música e no Centro Olímpico. A audiência foi marcada por emoção, compromisso e o desejo coletivo de construir uma Aparecida mais inclusiva.
