A goiana Amanda Borges da Silva, de 30 anos, foi encontrada morta no Japão nesta sexta-feira (2/5), onde estava desde março realizando uma viagem por cidades turísticas, eventos culturais e esportivos. Natural de Caldazinha, município da Região Metropolitana de Goiânia, Amanda era mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e trabalhava como pesquisadora. A causa da morte ainda não foi divulgada pelas autoridades japonesas, que investigam as causas do incidente.
Segundo relato de seu amigo James Fernandes, em entrevistas à imprensa, a jovem foi localizada em um quarto de hotel próximo ao aeroporto de Narita, em Tóquio. Ela deveria ter embarcado de volta ao Brasil no mesmo dia em que foi encontrada sem vida, na madrugada de quinta-feira (1º/5).
A família informou à imprensa que já acionou o Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás em busca de auxílio para a repatriação do corpo, mas há também a possibilidade da cremação no Japão e apenas o envio das cinzas de Amanda Borges para Goiás.
O Ministério das Relações Exteriores informou em nota que o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio está prestando assistência à família e acompanha o caso junto às autoridades locais. Em nota, a Prefeitura de Caldazinha lamentou a morte precoce de Amanda, descrevendo-a como uma jovem sonhadora e querida por todos. A notícia causou grande comoção na cidade natal e nas redes sociais.
Fã da Fórmula 1, Amanda fazia sua primeira viagem internacional
Com mais de 11 mil seguidores no Instagram, Amanda compartilhava sua experiência no Japão por meio de fotos e vídeos. Ela visitou pontos turísticos como o Monte Fuji, o templo Senso-Ji e o memorial da Segunda Guerra, além de parques temáticos e restaurantes tradicionais. Em uma das postagens, demonstrou encantamento com a cultura local e a organização do país.
Amanda era fã de Fórmula 1 e esteve presente no Grande Prêmio do Japão, realizado em 6 de abril. Nas redes sociais, amigos relembraram com carinho suas conversas sobre automobilismo. “Obrigado por todos os papos, sobretudo sobre Fórmula 1. Prometo nunca te esquecer”, escreveu um seguidor em homenagem à jovem.
A pesquisadora também compartilhou suas impressões sobre a vida no Japão, destacando a educação e o respeito das pessoas. Antes de chegar ao país, passou por Seul, na Coreia do Sul, de onde também publicou conteúdos comparando culturas. Ela relatava com entusiasmo as diferenças que observava em cada experiência.
Entre as vivências, Amanda mostrou curiosidade com a culinária japonesa, experimentando pratos típicos como o Wagyu, que descreveu como uma das melhores carnes do mundo. Também relatou sua experiência em um hotel cápsula e viagens em trens-bala, chamando atenção para os aspectos únicos da infraestrutura japonesa.