O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (4/5), após passar 22 dias internado em Brasília. Ele foi submetido a uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal, consequência das complicações da facada que sofreu em 2018, sétima intervenção médica nesse período. O procedimento, realizado no hospital particular DF Star, durou cerca de 12 horas e foi classificado pela equipe médica como um dos mais complexos já enfrentados por Bolsonaro.
Internado desde o dia 12 de abril, Bolsonaro passou duas semanas na UTI e retomou a alimentação oral durante a recuperação. Segundo os médicos, ele respondeu bem à fisioterapia motora e recebeu cuidados preventivos contra trombose. Após a alta, ele deixou o hospital caminhando, acompanhado pela esposa, Michelle Bolsonaro, e pelos médicos Cláudio Birolini e Leandro Echenique.
Na saída do hospital, o ex-presidente cumprimentou apoiadores e conversou com jornalistas. “Muito obrigado para quem acompanhou, para quem orou, para quem pediu a Deus”, disse Bolsonaro. Mesmo em fase de recuperação, ele demonstrou bom humor ao agradecer o apoio recebido durante a internação. A equipe médica recomendou repouso e cuidados nas próximas semanas.
Médicos recomendam repouso e alimentação regradas no pós-cirúrgico
Nos próximos dias, Bolsonaro deverá manter uma dieta pastosa e evitar atividades físicas intensas ou contato com muitas pessoas. O médico Cláudio Birolini destacou que as visitas ao ex-presidente devem ser limitadas para garantir uma recuperação adequada. O ex-presidente continuará sob acompanhamento médico em casa, em um condomínio de Brasília.
A cirurgia foi necessária para remover aderências formadas no intestino, resultado das múltiplas intervenções realizadas desde o atentado em 2018. Ele chegou a ser internado inicialmente no Rio Grande do Norte após passar mal em um evento político do PL. Dali, foi transferido para Brasília, onde os médicos optaram pela cirurgia para tratar a suboclusão intestinal.
Segundo a equipe médica, o quadro de suboclusão é uma obstrução parcial do intestino que causa dor e desconforto severos. Apesar da complexidade do procedimento, os médicos afirmam que o resultado foi positivo. A expectativa agora é de que Bolsonaro siga as recomendações médicas e mantenha repouso por ao menos três a quatro semanas.