Hoje é 15 de junho de 2025 12:27

Bombardeios de Israel deixam 78 mortos e 329 feridos no Irã

Vice-prefeita de Goiânia, Coronel Cláudia e secretário estadual de Saúde, Rasível Santos se abrigam em bunker para fugir dos ataques
Delegação com políticos do Distrito Federal, do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, de Rondônia, estão em congressos organizados pelo governo de Israel / Fotos: AFP Tickers e Alex Malheiros

O confronto entre Irã e Israel ganhou novos capítulos neste sábado (14/6), com bombardeios que deixaram dezenas de mortos em ambos os países. Segundo a imprensa estatal iraniana, 60 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram após um ataque israelense a um conjunto residencial em Teerã. Em resposta, o Irã lançou mísseis que mataram duas pessoas e feriram 19 em território israelense, conforme informou o jornal The Times of Israel. O governo israelense ainda não tem previsão de liberar voos saindo do país.

Desde sexta-feira (13/6), ao menos 82 pessoas ficaram feridas e três morreram em Israel por conta dos mísseis iranianos. O governo do Irã acusa Tel Aviv de dar início a uma guerra com bombardeios que, segundo autoridades iranianas, mataram 78 pessoas e destruíram parte de sua infraestrutura militar e nuclear. “A nação iraniana não permitirá que o sangue de seus valiosos mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo”, afirmou o líder supremo Ali Khamenei.

Israel, por sua vez, justifica as ações como uma tentativa de impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã. De acordo com as Forças de Defesa israelenses, a ofensiva matou líderes da Guarda Revolucionária e das Forças Armadas iranianas, além de dois cientistas nucleares. Explosões foram registradas em Jerusalém e Tel Aviv após a retaliação iraniana, que incluiu o lançamento de mais de 100 mísseis entre sexta e sábado.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques continuarão enquanto forem necessários. “Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, declarou. Ele também reforçou que seu governo não permitirá que o Irã desenvolva uma arma nuclear.

Vice-prefeita de Goiânia relata rotina em bunker durante ataques em Israel

A vice-prefeita de Goiânia, tenente-coronel Cláudia Silva Lira (foto), relatou que acordou com o som de sirenes e precisou se abrigar em um bunker em Israel, onde participa de um congresso de formação de lideranças. “Estava no Instituto de Lideranças quando soou o alarme, alertando a população para ir ao subsolo”, disse em entrevista à uma rádio de Goiânia. Cláudia está com 17 brasileiros a cerca de 15 km de Tel Aviv. Em outro grupo, o secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, também está no país para outro evento.

A Embaixada de Israel no Brasil afirmou que “todas as delegações brasileiras encontram-se em locais seguros, com acesso a áreas protegidas, seguindo as orientações de segurança para visitantes em Israel”. Segundo o governo israelense, os encontros com políticos brasileiros buscam promover “troca de conhecimentos e cooperação”. A vice-prefeita reforçou que o evento é oferecido pelo governo de Israel e conta com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais.

Entre os brasileiros abrigados em Tel Aviv estão Johnny Maycon (prefeito de Nova Friburgo), Cícero Lucena (prefeito de João Pessoa), Álvaro Damião (prefeito de Belo Horizonte), Janete Aparecida (vice-prefeita de Divinópolis), Vanderlei Pelizer (vice-prefeito de Uberlândia) e Maryanne Mattos (vice-prefeita de Florianópolis). Todos aguardam a reabertura do espaço aéreo para retornar ao Brasil.

Secretários de diversas unidades federativas também estão em Israel. Pelo Distrito Federal participam Marco Antônio Costa, Ana Paula Soares Marra, Rafael Bueno e José Eduardo Pereira Filho. Já o Mato Grosso do Sul é representado por Christinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna. A embaixada reforçou que acompanha a situação e atua para garantir a segurança e retorno dos brasileiros.

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