Hoje é 17 de junho de 2025 18:04

Comurg envia apuração sobre acordos suspeitos para MPGO e Polícia Civil

Apuração inicial afastou 34 empregados efetivos que podem ter feito acordos extrajudiciais com valores acima do previsto em um prazo muito curto de tempo em gestões anteriores
Servidores podem ser punidos com advertências, suspensões ou, numa hipótese de uma penalidade mais severa, até a demissão por justa causa // Foto: Luciano Guimarães

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) anunciou ter finalizado parte das investigações administrativas sobre acordos extrajudiciais suspeitos firmados por 34 empregados efetivos em gestões passadas. A corregedoria do órgão encontrou indícios de ilicitude e já encaminhou seis processos já conclusos para membros do Ministério Público de Goiás (MPGO) e à Polícia Civil de Goiás (PCGO). Os servidores haviam sido afastados em fevereiro após suspeitas de que teriam firmado acordos com valores acima do previsto, em curto espaço de tempo.

De acordo com a Comurg, todos os 34 processos analisados até agora apresentam indícios de irregularidades. A empresa afirma que existe prazo legal para envio parcial dos dados da investigação interna aos órgãos externos até a conclusão de todos os casos e, por isso, enviará os dados às autoridades conforme forem surgindo elementos. Ao final da investigação, se comprovadas as fraudes, também serão instaurados Processos Administrativos Disciplinares (PADs), que podem resultar em punições que vão de advertências à demissão por justa causa.

O prefeito Sandro Mabel afirmou que não haverá tolerância com desvios. “Determinamos rigor na apuração de supostas irregularidades nestes casos. Agora, vamos passar as informações ao MPGO para que eles analisem e tomem providências. O dinheiro público precisa ser administrado com responsabilidade, desta forma, na nossa gestão, qualquer indício de irregularidade será investigado e, se confirmado, os responsáveis terão que responder seus atos na justiça”, evidenciou.

A direção da Comurg esclareceu que o afastamento inicial dos servidores sob suspeita foi por 60 dias e renovado por mais 60 devido à complexidade dos processos e à dificuldade de acesso a documentos. Durante o período, os funcionários permaneceram à disposição da corregedoria para prestar esclarecimentos. Eles retornaram ao trabalho no último dia 9 de junho, ao fim do prazo legal de afastamento.

O presidente da Comurg, coronel Cleber Aparecido Santos, reforçou o compromisso com a transparência. “Neste período, o processo foi conduzido com total zelo. Agora, estamos entregando a investigação interna ao MPGO e à Polícia Civil. O processo mostra o que queremos para a Comurg, uma empresa bem gerida e que entrega serviços de qualidade para o cidadão goianiense com o menor custo possível. Irregularidades não têm espaço na empresa na nossa administração”, destacou.

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