Hoje é 22 de novembro de 2024 09:00

Professora que matou árbitro de futebol atropelado tinha ingerido 4 garrafas de cerveja

Eliane Chagas contou, em depoimento à polícia, que estava internada em tratamento psiquiátrico até sexta-feira e tinha conseguido liberação para passar o fim de semana em casa
Elaine Chagas Cardoso, de 45 anos, foi detida por populares após o acidente | Foto: Reprodução

Em depoimento à Polícia Civil, a professora Elaine Chagas Cardoso, de 45 anos, disse que ingeriu quatro garrafas de cerveja long necks, de 300 ml, antes de atropelar o árbitro de futebol Edivaldo Marinho dos Santos, de 49 anos. O fato ocorreu no último domingo (9/7) na GO-537, em Senador Canedo.

A professora contou que ingeriu bebida alcoólica durante o almoço e fazia o trajeto de Goiânia para a cidade vizinha para visitar o namorado. 

O caso ganhou repercussão após Elaine Chagas ser flagrada descendo do carro, logo após atropelar Edivaldo, com uma garrafa de cerveja na mão. 

Para a Justiça, a defesa da professora – que se encontra presa – apresentou uma série de documentos alegando que ela sofre de transtorno psiquiátrico grave e dependente de medicamentos. 

A mulher disse ainda, à polícia, que desde o dia 15 de junho até a última sexta-feira (7/7) estava internada numa clínica psiquiátrica particular da capital e que havia conseguido liberação para o fim de semana em casa. 

Ainda em depoimento ela disse que não se lembra o porque perdeu o controle do veículo, invadiu a pista contrária e bateu na motocicleta que Edivaldo pilotava. Ele ia para uma partida de futebol, mas acabou morrendo no acidente. O teste do bafômetro constatou a presença de 0,79 mg por litro de ar expelido.

O delegado plantonista que fez o flagrante, Matheus Noleto, chegou a liberar a professora para responder o inquérito em liberdade, por acreditar que ela havia permanecido no local e prestado socorro à vítima, mas mudou de ideia após receber informações de que populares a obrigaram a ficar no local do acidente.

A professora chegou a pagar uma fiança no valor de R$ 6,6 mil, mas o valor foi devolvido. 

O juiz Diego Custódio Borges decidiu transformar o flagrante em prisão preventiva e manter a professora detida. Ela pode responder por homicídio simples com dolo eventual, quando assume o risco de matar. 

O juiz também negou o pedido de liberdade para que Elaine voltasse a ser internada em uma clínica psiquiátrica.

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