Um homem que atuava como personal trainer em Inhumas é suspeito de ter pressionado uma aluna a praticar exercícios pesados e de forma errada. De acordo com a Polícia Civil, a aluna passou mal e chegou a ser internada em uma Unidade de terapia intensiva (UTI) com complicações.
“Isso gerou a instauração de um inquérito pelo delito de lesão corporal grave”, disse o delegado responsável pelo caso, Miguel Mota.
Segundo o delegado Miguel Mota, após a denúncia da aluna, a PC fez uma ação de fiscalização com o Conselho Regional de Educação Física e foi até a Academia Espaço Fit.
No local, os agentes encontraram dois funcionários sem certificação que se apresentavam como profissionais. Segundo a polícia, no momento da fiscalização eles estavam na academia exercendo ilegalmente a profissão.
Conforme informações da polícia, ao serem abordados, os dois alegaram que eram estagiários do curso de educação física na academia, mas não apresentaram documentos que comprovassem a formação. A academia também não apresentou contratos de estágio.
Em depoimento à polícia, a aluna disse que sentiu fortes dores abdominais após os exercícios. A Polícia Civil informou que a aluna desenvolveu rabdomiólise, doença que afeta os rins e que pode ter sido causada em razão do grande esforço físico.
Ainda, segundo o delegado, a academia recebeu multas que totalizaram R$ 12,9 mil. Os dois funcionários assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. Um deles responde por exercício ilegal da profissão e lesão corporal grave e a outra apenas por exercício ilegal da profissão.
Até o fechamento desta matéria, as defesas dos suspeitos não haviam se pronunciado sobre o caso. A Academia Espaço Fit também não se manifestou.