O mecânico Claudemar Bernardes da Silva, 47 anos, foi preso, neste domingo (29/10), após matar a própria filha, a empresária Bruna Bernardes, de 23 anos, e atirar contra o genro, Max Uiller Silva, de 28 anos. O crime aconteceu por volta das 23h de sábado (28/10), em Ipameri, na região Sudoeste de Goiás.
A prisão aconteceu na zona rural de Ipameri. De acordo com o capitão da Polícia Militar (PM) Wilson Martins, o mecânico teria ido até a casa da filha a procura da ex-mulher, Cristiane Santos Dias, que possivelmente também morava lá, para matá-la. Neste momento, ele brigou com o genro e atirou na porta. O casal estava atrás da porta e, em depoimento à polícia, o homem afirmou que não sabia.
“No momento em que Claudemar chegou lá, não deixaram ele entrar. Fecharam a porta, mas a filha dele estava do lado de dentro. Ele fez um disparo na porta e causou o óbito da filha”, explicou o capitão da PM, Wilson Martins.
Max Uiller foi atingido no abdômem. Já a empresária Bruna Bernardes foi atingida no pescoço, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O corpo da vítima foi retirado por familiares no Instito Médico Legal (IML) de Catalão na tarde deste domingo. Após o crime, Claudemar fugiu.
Segundo a PM, Claudemar Bernardes confessou o crime no momento da prisão. A arma usada no crime, uma espingarda calibre 12, foi localizada pelos policias da CPE. O caso será investigado pela Polícia Civil.
O genro dele, Max Uiller procurou atendimento em um hospital municipal após ser baleado, mas precisou ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nasr Faiad, em Catalão.
A unidade de saúde informou que o paciente está internado e que o quadro de saúde é considerado estável.
A Polícia Civil informou que vai começar a investigar o caso. A princípio, trata-se de um feminicídio (crime praticado contra Bruna) e uma tentativa de homicídio (contra Max).
Claudemar Bernardes da Silva
Em 2020, Claudemar Bernardes se candidatou a vereador da cidade pelo partido Republicanos, usando o apelido de Marinho, mas desistiu e, por isso, nem foi eleito. Entre os bens declarados estava uma fazenda avaliada em R$ 500 mil.
Na eleição anterior, de 2016, Claudemar chegou a ser suplente. Ainda neste período político, Claudemar apresentou certidões de antecedentes criminais, que mostravam que ele nunca havia cometido um crime.
Porém, segundo a Polícia Militar, a ex-mulher dele o denunciou por ameaça em 2021. Na ocasião, ela também teria solicitado uma medida protetiva.