Crianças da Rede Municipal de Educação de Goiânia estão enfrentando condições precárias de acomodação nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da capital, conforme denúncias feitas por pais e servidores.
Imagens revelam que algumas crianças estão dormindo diretamente no chão, sem colchonetes disponíveis, ou se deitando sobre as carteiras devido à falta desse material nas instituições. Tais relatos surgiram logo no início do ano letivo, que teve início na última segunda-feira (22).
As denúncias foram formalmente encaminhadas à Comissão de Educação da Câmara de Goiânia, que tomou a iniciativa de levar o caso ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Em nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que irá investigar os fatos. “A SME informa que irá apurar com rigor as denúncias em questão. O município ressalta que envia recursos de forma sistemática para a alimentação e para a aquisição de materiais utilizados pelas crianças durante o período em que permanecem nas unidades educacionais”, destaca.
A nota ainda destaca que as unidades de educação têm capital em caixa para comprar os insumos necessários para os cuidados com as crianças. “Os recursos para o início deste ano letivo foram repassados no fim do ano passado. Como adiantamento, a Prefeitura de Goiânia repassa, de forma descentralizada, mais de R$ 9 milhões para as unidades de ensino. Com essa medida, todas as instituições iniciaram 2024 com recursos em caixa”, explica.
À imprensa, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) informou que avalia a denúncia para, então, decidir sobre o andamento do processo. Vereadora de Goiânia e presidente da Comissão de Educação da Câmara, Aava Santiago (PSDB) manifestou repúdio às denúncias do descaso feitas pelos pais e relatou pelas redes sociais as medidas cabíveis para resolver o caso.
“De segunda-feira para cá estamos apurando a denúncia mais revoltante e dolorosa que recebemos neste mandato. Denunciei o prefeito Rogério Cruz e o secretário de Educação na Delegacia da Criança e do Adolescente para apuração de possíveis crimes cometidos contra as crianças da rede no retorno às aulas. A ausência de planejamento, comprometimento e de humanidade recebemos dezenas de fotos de pais que mostram que na hora do descanso e da soneca estão sentadas em cadeiras ou dormindo no chão, por que não tem colchonetes e nem kits escolares”, desabafou.