Hoje é 9 de outubro de 2024 11:20

Mulher corta os pulsos para denunciar agressor e fugir de cárcere em Goiânia

Ao ter conhecimento de que a namorada ficaria internada em observação, homem invadiu a emergência para retirá-la à força, mas uma viatura do Batalhão Maria da Penha chegou e o prendeu

Uma mulher de 28 anos decidiu cortar os próprios pulsos para denunciar que sofria violência doméstica e era mantida em cárcere privado. O caso aconteceu em Goiânia.

De acordo com a vítima, o casal está junto há 10 meses. Ela relatou à polícia que o namorado lhe impedia de usar o celular e de se comunicar com os familiares.

A mulher ainda disse que resolveu tentar tirar a própria vida para ser levada ao hospital ou “deixada para morrer” porque estava cansada dos espancamentos cometidos pelo agressor.

“Vendo a vítima com pulso cortado, ele demorou para prestar socorro, mas ao ver que a situação era grave, resolveu, sob ameaças e safanões, leva-la ao hospital”, diz um trecho da ocorrência.

A vítima foi levada pelo agressor ao Hospital Neurológico de Goiânia. Durante o atendimento, ela disse aos médicos que os cortes nos braços foram a única maneira de conseguir socorro.

Em seguida, ela foi encaminhada para a assistente social da unidade de saúde, que acionou a Patrulha Maria da Penha.

Agressor invade a emergência e retira vítima à força

Ao ter conhecimento de que a namorada ficaria internada em observação, o homem invadiu a emergência e retirou à força a vítima. Segundo a polícia, ele arrancou o acesso intravenoso da mulher e tentou sair da unidade sem autorização.

Todavia, o homem foi barrado na portaria, momento em que uma funcionária alegou que precisaria pagar as despesas médicas.

Dessa forma, ele pediu por celular para outra pessoa fazer o pagamento via PIX, porém a atendente informou que essa forma de pagamento não era aceita, uma forma para ganhar mais tempo até a chega da polícia.

Completamente nervoso e agressivo, o homem chegou a ameaçar jogar o carro contra a cancela do estacionamento, quando a viatura do Batalhão Maria da Penha chegou e fez a abordagem.

Ele resistiu à prisão, mas foi contido e conduzido para a Central de Flagrantes, onde está à disposição do Judiciário.

A vítima foi levada novamente para o hospital e agora conta com medida protetiva.

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