Hoje é 11 de outubro de 2024 13:30

Adolescente de 13 anos também foi estuprada por ginecologista durante 1ª consulta, afirma polícia

Fábio Guilherme da Silveira Campo está preso há uma semana após cinco mulheres denunciar terem sido abusadas por ele durante consultas
Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, foi preso na última quinta-feira | Foto: Divulgação PC

Uma adolescente de 13 anos também denuncia o médico ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos. Ele foi preso em Goiânia após denúncias de crimes sexuais.

De acordo com a delegada, Amanda Menuci, o crime contra a menor, o crime teria acontecido em 2002, durante a primeira consulta ginecológica da menina.

“Ela procurou esse médico para sua primeira consulta ginecológica, era virgem e foi ali violentada por ele”, contou a delegada.

Fábio foi preso em casa, no Jardim América, em Goiânia, na última quinta-feira (20/7) após a polícia receber denúncia de cinco mulheres que disseram que tinham 15, 16, 21 e 32 anos nas datas dos crimes.

Em depoimento à polícia, as vítimas disseram que ouviram do médico que elas precisavam ficar excitadas para que os exames ginecológicos dessem certo.

Fábio já havia sido filmado sendo agredido com um soco dentro do consultório por um homem, no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, em junho deste ano. Nas imagens, é possível vê-lo agredindo o médico e o acusando de ser “abusador de mulher”.

Após a repercussão do caso, uma mulher entrou em contato com a polícia civil e relatou que foi vítima em 2014.

“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta”, disse a delegada Amanda Menuci.

“Enquanto ela estava se vestindo, ele afastava a cadeira dele da consulta para observá-la vestindo a roupa”, completou a delegada.

A delegada Amanda Menuci explicou que uma das mulheres que denunciou o abuso ao CRM em 1994 é testemunha nas investigações atuais. Das cinco mulheres identificadas, duas denunciaram formalmente e uma é testemunha, visto que o caso está prescrito.

Durante as acusações em 1994, o médico alegou que as duas mulheres “armaram” para ele. No entanto, a delegada ressaltou que as duas não se conheciam. À época, ele foi absolvido das acusações pelo CRM.

Em nota a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que o médico “é ginecologista, servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás”, lotado no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte desde 2014.

Neste período, a SMS afirmou que “não recebeu nenhuma denúncia contra o profissional”, mas ele está afastado desde o dia 30 de junho deste ano. Além disso, a pasta disse que “não compactua com atos de desrespeito aos usuários e preza pelo acolhimento e qualidade da assistência”.

Também em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em total sigilo.

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