Hoje é 27 de julho de 2024 00:37
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André Fortaleza diz que não haverá retaliação a projetos do Executivo

Mesmo em ano eleitoral, presidente do Legislativo, André Fortaleza, afirma que não vai obstruir matérias de interesse do prefeito Vilmar Mariano, seu virtual concorrente na disputa pela prefeitura
Primeira sessão ordinária do ano foi marcada por debates de temas que afetam a vida da população e servidores da prefeitura, como pagamento do piso da enfermagem e os novos radares instalados nas vias da cidade // Fotos: Marcelo Silva

A retomada das sessões ordinárias na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, nesta terça-feira (6/2), foi marcada por discussões de temas que afetam a população, como reclamações sobre falta de roçagem em alguns bairros, e servidores municipais, como o pagamento do piso nacional da enfermagem. Na parte política, o presidente da Casa, André Fortaleza (MDB), principal opositor do prefeito, disse ao PORTAL NG que espera um ano positivo e não irá retaliar matérias de interesse do Executivo.

“Tivemos um ano de 2023 com muitos resultados positivos, trabalhando com coerência e o bom senso em prol da população. E não espero ser diferente nesse ano de 2024 mesmo estando aproximando de um período eleitoral”, garantiu.

“Na condição de presidente, tratarei essa casa e todos os assuntos do Executivo, todas as pautas, iremos tratar com muita coerência e com muita sabedoria. Não faremos retaliação de forma alguma ao governo de Vilmar Mariano”, acrescentou Fortaleza.

Pré-candidato a prefeito, Fortaleza tem como foco imediato a conclusão da obra e entrega da nova sede da Câmara Municipal, o que estava inicialmente previsto para dezembro do ano passado. O vereador reclama de falta de apoio para conclusão do projeto, que envolve compra de mobiliário. Ele cita falta de respaldo do Executivo estadual e parlamentares, tando estadual quanto federais.

“Mas eu creio que no mais tardar no final de março no início de abril estaremos mudando definitivamente para a sede própria da Câmara”, projeta.

Outros parlamentares ouvidos pela reportagem do NG, como Marcelo da Saúde (Podemos) e Zé Filho (PSDB) também externaram expectativa de um ano legislativo produtivo. Willian Panda (PSB) avalia que em 2023 foram aprovados projetos importantes para a população, de autoria do Executivo e também dos parlamentares.

“Foi um ano também de muitos debates, logicamente tiveram projetos que não foram adiante, e o que eu espero esse ano é que a gente consiga ter uma consonância maior entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo, para que a gente tenha maior facilidade de aprovar o que é importante para a cidade”, comentou Panda.

“Espero e acredito que este ano será um ano de projetos mais consensuais, porque assim toda a cidade ganha. A gente vai averiguar, vai fiscalizar, vai avaliar todos os projetos, mas que seja um ano também que a gente dê celeridade a esses projetos para que a cidade possa ter o progresso necessário”, completou o vereador do PSB.

Da mesma forma, o vereador Marcos Miranda (Republicanos), disse que espera que o Legislativo trabalha em harmonia com o Executivo.

“Acredito em uma parceria com o prefeito Vilmar Mariano”, destacou, citando pontos positivos a conclusão da nova sede da Câmara e o anúncio de realização de concurso público pela prefeitura.

Servidores reivindicam piso da enfermagem

Ainda durante a sessão, os vereadores abordaram temas como o pagamento do piso da enfermagem e os novos radares instalados nas vias da cidade. Também houve reclamação de demora na roçagem de mato alto em bairros da cidade.

Profissionais realizaram na segunda-feira (5/2) uma paralisação de 24 horas, em protesto visando garantir o cumprimento do pagamento do piso salarial da enfermagem, previsto na Lei Federal 14.434/2022, que instituiu o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar de Enfermagem. No mesmo dia, na parte da manhã, uma comitiva de profissionais da rede pública municipal de saúde, enfermeiros, técnicos e auxiliares, foram recebidos na Câmara pelo presidente André Fortaleza e os vereadores Willian Panda e Gleison Flávio (foto).

A categoria pleiteia que o piso seja pago aos servidores credenciados, conforme os seguintes valores propostos: enfermeiro, R$ 4.750; técnicos, R$ 3.325; e auxiliares: R$ 2.375.

André Fortaleza propôs uma revisão do contrato de credenciamento, incluindo cláusulas que protejam e garantam o direito da categoria.

‘Devemos também conversar com o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, para ver a possibilidade de estender esse auxílio financeiro a todos os credenciados”, disse Fortaleza ao Portal NG.

Willian Panda afirma que a Câmara fez a sua parte, aprovou o projeto que institui o piso nacional no município.

“O problema é que o projeto nacional foi modificado pelo STF [Supremo Tribunal Federal] e nessas modificações apresentam uma série de inconsistências e que tem atrapalhado desde o ano passado o pagamento de muitos profissionais que ficaram prejudicados”, explica o vereador.

“Então essa luta é uma luta que a gente tem que fazer inclusive lá no Governo federal, no Ministério da Saúde e o que vamos pedir aqui ao secretário de Saúde é que ele também encampe essa luta por melhores salários para os credenciados do nosso município”, completou.

O vereador Marcelo da Saúde também pediu empenho de todos os atores para se encontrar uma solução para o impasse. Ele disse que espera maior atuação do Executivo para resolver o problema.

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