O Bate-Papo NG desta terça-feira (21/01) recebeu a vereadora e presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Andreia Rezende (Avante). Segunda colocada em número de votos nas eleições de 2024, entre os 23 vereadores eleitos, ela fez história ao se tornar a primeira presidente mulher do parlamento anapolino ao ser escolhida por unanimidade para chefiar o legislativo no biênio 2025-2026. Advogada especializada em Direito Civil, Processo Civil e Previdenciário, Andreia é reconhecida como uma das parlamentares mais produtivas do Legislativo.
A respeito de sua posição em relação ao executivo, a presidente do legislativo falou como irá se relacionar e também destacou a atuação dos vereadores em temas como gestão pública, mobilidade urbana, saneamento básico e transporte público. “Eu tenho uma pareceria pessoal e política com o prefeito Márcio Correia com quem caminhei junto nas últimas eleições. Mas entendo a responsabilidade de ser presidente da Câmara Municipal e saber que neste papel terei que fiscalizar e criticar quando necessário sua gestão, pois somos poderes independentes. Entretanto ressalto que nossa intenção é somar forças para fazer uma Anápolis melhor todos os dias. Temos enfrentado momentos delicados nas áreas da Saúde, Educação e na zeladoria da cidade e por isso entendo que nós precisamos agir de forma equilibrada e parceira para que a cidade possa avançar. A mobilidade urbana, com quatro trevo que temos muito truncados, é um desafio que precisamos superar. E o nosso transporte público é caro, pois não temos benefício fiscal do governo estadual. Em relação ao saneamento básico vamos trabalhar para universalizar a água e o esgoto da nossa cidade”, destacou.
Filha do ex-vereador por cinco mandatos e ex-presidente da Câmara de Anápolis Amilton Batista e irmã do deputado estadual Amilton Filho (MDB), Andreia Rezende explicou como foi o trabalho de articulação política para construção de unidade e unanimidade em torno de sua eleição para o comando do legislativo. “Anápolis é uma cidade conservadora. Para uma mulher ser presidente do legislativo exige muito mais esforço do que seria para um homem, mesmo tendo sido eleita e tendo um mandato produtivo como no meu caso. Fizemos um diálogo transparente e apresentamos um projeto que não é pessoal, mas de grupo para potencializar o mandato de cada parlamentar dando condições para que eles possam fazer o trabalho para o qual foram eleitos. Tivemos outros candidatos no páreo, mas através do diálogo conseguimos unir todos em prol de um projeto de grupo e à serviço de Anápolis”, contou.
Sobre a representatividade feminina e a história eleição para a presidência do legislativo anapolino, a vereadora Andreia Rezende, reforçou o trabalho que precisa ser feito para ampliar a representatividade e sororidade entre as mulheres na política. “Quando fui eleita tomei isso como uma responsabilidade. Eu já tinha militância e um projeto de não violência à mulher. No meu mandato, para cada projeto de temas gerais, dediquei um projeto em defesa às mulheres. E neste mandato também tive aprovado um projeto chamado ‘Cidade Delas’ no qual estabelece uma política pública dentro do legislativo para formar e conscientizar sobre a importância das mulheres na política. Agora, na posição da primeira mulher presidente irei abrir caminhos e dar visibilidade, além de trabalhar por ações concretas em especial na Procuradoria da Mulher como um lugar de acolhida e segurança para as vítimas de violência e elaborar políticas públicas efetivas na nossa cidade, além de atrair de dar condições de disputa para mulheres na política, pois ainda caminhando a passos muito lentos nestes quesitos”, cravou.
Ao fazer uma avaliação do seu primeiro mandato eletivo como vereadora, Andreia Rezende destacou os principais pontos de sua atuação parlamentar. “Primeiro mandato foi desafiador, pois assumimos no meio da pandemia da Covid-19. O maior projeto que fizemos foi o Tô no Bar, onde tivemos a oportunidade de coletar as demandas da população para apresentar projetos de leis e ações que se tornassem benéficas para a vida das pessoas. Foi um mandato em que defendemos políticas públicas para as mulheres, idosos, consumidores e para o desenvolvimento social e econômico da nossa cidade. Foi um mandato desafiador e produtivo, em que demos soluções concretas para os desafios e problemas que nos propusemos resolver”, resumiu.