Hoje é 20 de setembro de 2024 07:50

Atraso em repasses ameaça tratamento de pacientes do Araújo Jorge

Secretaria Municipal de Saúde afirma que pagamentos são realizados conforme condições da cidade
HAJ realiza cerca de 70% dos atendimentos oncológicos de Goiás, e sua receita é 90% dependente do repasse municipal // Foto: Reprodução / ACCG

O Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), referência em oncologia no Centro-Oeste, alerta estar passando por uma crise financeira grave em razão de atrasos nos repasses de recursos pela Prefeitura de Goiânia. A dívida, que soma cerca de R$ 45 milhões, ameaça a continuidade de tratamentos necessários para os pacientes, como quimioterapias e cirurgias. 

De acordo com Alexandre Meneghini, presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), entidade responsável pela gestão do hospital, o HAJ tem 90% de sua receita dependente dos repasses feitos pelo município, mas o atraso nos pagamentos por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pode levar à paralisação dos serviços. “Temos feito o possível para minimizar os efeitos desses atrasos, mas está cada vez mais difícil. Se os recursos não forem liberados com urgência, podemos enfrentar um colapso no atendimento, o que teria consequências diretas para os pacientes que dependem de nossos serviços”, alertou Meneghini. 

Conforme informações da diretoria do hospital, a dívida acumulada inclui valores referentes à produção de maio e junho de 2024, em relação a emendas parlamentares, processos administrativos e ao piso da enfermagem. 

A instituição afirma que os repasses são feitos com regularidade pelo Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde de Goiânia. Entretanto, o envio do dinheiro para o Hospital de Câncer Araújo Jorge tem uma média de 40 dias de atraso. 

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde explicou que realiza o pagamento dentro das condições da cidade. “A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que tem se empenhado para realizar os pagamentos ao Hospital Araújo Jorge. Os repasses estão ocorrendo dentro das condições do município. O mês de maio foi quitado na última quarta-feira (14/8) e novos pagamentos estão sendo planejados”, afirma o texto. 

Quanto ao pagamento do piso da enfermagem, a secretaria explica que espera recursos federais para realizar o pagamento. “Quanto à diferença do piso da enfermagem, ainda não houve liberação de recursos por parte do Ministério da Saúde (MS) para que o município possa realizar o repasse”, finaliza a nota à imprensa.

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