Hoje é 20 de maio de 2025 17:46

Casal é preso em Goiânia por suspeita de torturar de filha de 4 anos

Investigações preliminares da Polícia Civil apontam que maus-tratos iniciaram há cerca de um ano e meio e que o pai não tomou nenhuma providência
A menina foi retirada do convívio dos pais e está sob a responsabilidade de um familiar, que assumiu o compromisso de garantir sua segurança // Fotos: Ascom PC-GO

Um casal foi preso em Goiânia, nesta segunda-feira (19/5), suspeito de torturar a própria filha de 4 anos. Segundo a Polícia Civil, a mãe gravava cenas de agressão e enviava os vídeos ao pai da criança, que, mesmo ciente das violências, não tomou nenhuma providência. A investigação aponta que a motivação seria uma tentativa de chantagem emocional por parte da mãe contra o pai, com registros de agressões iniciados em outubro de 2023.

Os vídeos mostram cenas chocantes, como ameaças com faca, xingamentos, puxões de cabelo, tapas, uso de objetos domésticos e até enforcamento da criança até desmaiar. Em um dos registros, a menina chora copiosamente enquanto é sufocada. Em outro, é ameaçada com uma faca enquanto ouve frases como “Desgraçada, eu vou te matar”. Apesar da gravidade, o pai, segundo investigação da polícia, ignorou os episódios por meses.

O delegado Henrique Wilson, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), explicou que os suspeitos permaneceram em silêncio durante o depoimento. Como os vídeos eram antigos e a criança não apresentava sinais visíveis de violência no momento da denúncia, as prisões não foram realizadas imediatamente. A Justiça só autorizou a prisão preventiva após análise das provas.

A menina foi retirada do convívio dos pais e está sob a responsabilidade de um familiar, que assumiu o compromisso de garantir sua segurança. De acordo com a polícia civil, as agressões começaram quando ela ainda tinha três anos de idade, o que indica que os maus-tratos ocorreram por mais de um ano.

A Polícia Civil informou que o casal pode responder pelos crimes de maus-tratos e tortura, com agravantes por se tratar de uma criança. O caso segue em andamento e novos desdobramentos dependem da decisão da Justiça. A identidade dos pais não foi divulgada, e a defesa dos envolvidos ainda não se manifestou até a última atualização.

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