O Sesc e o Governo de Goiás lançaram nesta semana o edital da terceira edição do projeto Claque Cultural, que segue com inscrições abertas até 14 de maio. Artistas de diversas áreas, como música, artes cênicas, literatura e audiovisual, podem participar gratuitamente se inscrevendo pelo portal do Sesc Goiás, no sistema Simplifica Cultura. Os cachês variam de R$ 2 mil a R$ 24 mil, conforme a categoria. O projeto visa democratizar o acesso à cultura e fortalecer o setor artístico regional.
Neste ano, as apresentações dos artistas selecionados acontecerão em sete cidades goianas — Goiânia, Anápolis, Caldas Novas, Morrinhos, Alto Paraíso, Jataí e Jussara — e, pela primeira vez, também em cidades da Bahia. Os artistas goianos podem optar por se inscrever para o polo nacional, que inclui apresentações em Salvador, Feira de Santana e outras localidades baianas. A curadoria definirá os locais das apresentações. O resultado será divulgado em julho, com as apresentações sendo feitas a partir do segundo semestre.
Essa é a terceira edição do Claque, idealizado pelo Sesc Goiás em parceria com o Governo do Estado e a Secretaria de Retomada. O governador Ronaldo Caiado anunciou um investimento de R$ 23 milhões para esta edição, o maior já registrado no projeto. Segundo ele, a maratona cultural é inédita no país e fortalece a identidade cultural de Goiás. “Estamos resgatando a cultura do nosso povo”, declarou.
Gracinha Caiado, coordenadora do Goiás Social, destacou o aspecto social do Claque, que alcançará cerca de 900 artistas. Para ela, o projeto valoriza talentos locais e garante acesso à cultura no interior. A terceira edição prevê mais de 1.200 apresentações, quase diárias, em Goiás e na Bahia. A nova etapa expande o alcance cultural e reafirma o compromisso do governo com a classe artística.

O presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Baiocchi, ressaltou que o Claque nasceu como resposta à crise vivida durante a pandemia e hoje é referência nacional. Para ele, o sucesso do projeto está no seu impacto social, econômico e cultural. Além da programação gratuita, o projeto movimenta economias locais com geração de empregos e renda. Baiocchi afirma que essa maratona transforma realidades.
O diretor do Sesc Goiás, Leopoldo Veiga Jardim, destacou a importância da ampliação geográfica da iniciativa. Segundo ele, incluir a Bahia mostra a potência do Claque como instrumento de inclusão cultural e desenvolvimento de público. O projeto busca descentralizar a arte e levá-la a comunidades diversas. “É uma plataforma de oportunidades para os artistas e para a sociedade”, afirmou.
Na edição anterior, realizada entre 2022 e 2023, o Claque contratou mais de 3 mil artistas para cerca de 800 apresentações. Só em Goiânia, mais de 30 mil pessoas participaram dos eventos. O secretário da Retomada, César Moura, lembrou que o projeto nasceu da urgência em reaquecer a economia criativa no pós-pandemia. “Reconectamos os artistas ao público e demos fôlego ao setor”, destacou.
O Claque Cultural contempla múltiplas linguagens e impacta diretamente setores como alimentação, hospedagem e produção de eventos. A edição 2025/2026 reforça o compromisso do Governo de Goiás com uma política cultural contínua, inclusiva e descentralizada. Com a nova edição, o projeto se consolida como a maior maratona de espetáculos gratuitos do Brasil.