Hoje é 26 de julho de 2024 23:35
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Conselho de Política Criminal aprova uso de câmeras corporais pelas polícias

Recomendação traz regras gerais para gravação, armazenamento e acesso às imagens gravadas durante o trabalho de policiamento realizado pelas corporações
Pelas regras, os órgãos de segurança pública deverão utilizar sistemas de câmeras com acionamento automático: medida não é obrigatória e será encaminhada ao ministro da Justiça // Foto: Agência Pará

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) aprovou nesta sexta-feira (19) uma recomendação para o uso de câmeras corporais pelas polícias em todo o país. A medida não é obrigatória e será remetida ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para aprovação.

Apesar de decisivas em investigações que envolvem abordagens policiais e confrontos, por exemplo, as câmeras corporais ainda são vistas com desconfiança por alguns governadores, que resistem em implantar a tecnologia nas polícias estaduais. Alguns estados, como Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, já adotaram parcialmente as câmeras, mas ainda não há ordenamento claro para o uso do equipamento.

O texto aprovado estabelece regras gerais para gravação, armazenamento e acesso às imagens gravadas durante o trabalho de policiamento realizado pelas corporações.

Pelas regras, os órgãos de segurança pública deverão utilizar sistemas de câmeras que funcionam com acionamento automático. A gravação deverá ser feita durante todo o turno de serviço e armazenada pelo período mínimo de três meses.

As gravações deverão ser realizadas em prisões em flagrante, no cumprimento de mandados de prisão e em inspeções de atividades prisionais.

A recomendação prevê que interessados poderão pedir acesso às imagens, como pessoas que sofreram abordagens policiais inadequadas e agentes que forem acusados de abuso de autoridade e que queiram comprovar a legalidade de sua atuação.

De acordo com o presidente do conselho, Douglas Martins, o objetivo da recomendação é reforçar a transparência das ações policiais, obter provas para investigações, proteger a ação policial e auxiliar no controle externo da atividade policial pelo Ministério Público.

“Estamos tratando de uma recomendação. O conselho deliberou em vez de aprovar uma resolução, que teria um caráter mais impositivo, converter em recomendação, que aponta um horizonte do que é desejável”, afirmou.

O CNPCP é um colegiado ligado ao Ministério da Justiça e tem a função de auxiliar na formulação de políticas públicas na área criminal e penitenciária. O grupo é formado profissionais da área jurídica, professores e representantes da sociedade civil. (Com informações da Agência Brasil)

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