A Coreia do Norte explodiu trechos de estradas e ferrovias em sua fronteira com a Coreia do Sul, na manhã desta terça-feira (15/10), provocando uma reação do exército sul-coreano, que disparou tiros de advertência. O Norte anunciou que cortaria completamente esses acessos e reforçaria sua fronteira como parte de uma estratégia de “dois estados”, abandonando a ideia de unificação com o Sul.
O conflito entre as duas Coreias, que tecnicamente ainda estão em guerra desde o armistício de 1953, intensificou-se com acusações mútuas. A Coreia do Norte afirmou que drones sul-coreanos sobrevoaram sua capital, e houve confrontos sobre balões enviados pela Coreia do Norte desde maio.
O ministério da Defesa da Coreia do Sul emitiu um alerta, afirmando que qualquer ameaça à segurança do povo sul-coreano poderia resultar no “fim do regime norte-coreano”. Segundo a mídia estatal norte-coreana, também nesta terça-feira (15/10) cerca de 1,4 milhão de jovens se alistaram ao exército em resposta às supostas provocações sul-coreanas, incluindo estudantes e oficiais da liga juvenil. Eles se comprometem a lutar em uma “guerra sagrada” para proteger o país.
Em maio deste ano, a Coreia do Norte enviou balões carregados com fezes e lixo para a Coreia do Sul, segundo informações dos militares sul-coreanos. À época um alerta foi emitido para moradores das regiões de fronteira e foram identificados 260 balões com os dejetos enviados de um país para o outro.
Imagens divulgadas pela imprensa sul-coreana mostraram balões brancos amarrados a sacos plásticos contendo lixo e fezes. Nos últimos anos, críticos ao regime de Kim Jong-un enviaram balões à Coreia do Norte com panfletos críticos ao governo, além de cartões de memória com músicas de k-pop. Esses incidentes têm intensificado as tensões entre os dois países.
