Hoje é 17 de janeiro de 2025 19:51

Defesa diz que ex-secretário de Saúde de Goiânia vai se apresentar à polícia

Wilson Pollara é suspeito de desviar R$ 10 milhões da pasta e está em São Paulo tratando de um câncer no rim
Advogado de Wilson Pollara informa que ele irá passar por duas cirurgias, sendo uma delas para retirar parte do rim afetado pelo tumor // Foto: Reprodução

A defesa do ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, que está foragido há um mês, afirma que ele deve se apresentar à polícia após passar por uma cirurgia para tratar um câncer no rim. Segundo o advogado Thiago Peres, ele está em São Paulo realizando tratamento médico e não se apresentou até agora devido à fragilidade de sua saúde.

Pollara teve a prisão decretada em 17 de dezembro de 2024 no âmbito das investigações que apuram o desvio de R$ 10 milhões em recursos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ele foi preso pela primeira vez em 27 de novembro, por suspeita de irregularidade em contratos da pasta, mas libertado em 7 de dezembro, quando a Justiça decidiu não converter sua prisão temporária em preventiva.

Dez dias após sua soltura, quando Pollara voltou a ser alvo do mandado de prisão pelo desvio do recurso milionário, ele não foi encontrado em nenhum dos endereços que informou à polícia e passou a ser considerado foragido.

Em nota, o advogado Thiago Peres afirmou, nesta terça-feira (16/1), que o ex-secretário está em tratamento contra um câncer no rim e que, nos próximos dias, irá passar por procedimentos importantes para sua recuperação. Ele pontuou também que a condição de saúde do cliente é delicada e que, por isso, não se apresentou à Justiça até o momento.

De acordo com a defesa, Pollara “terá que ser submetido nos próximos dias a dois procedimentos: uma nefrectomia parcial, para remover parte do rim afetado pelo tumor, e uma linfadenectomia retroperitoneal”. Ele informa ainda que, “tão logo os procedimentos sejam realizados, o cliente irá se apresentar à polícia”.

A Operação Comorbidade investiga supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, como a concessão de vantagens indevidas em contratos que desobedeceram à ordem cronológica de pagamentos prevista na legislação. Além de Pollara, outros dois integrantes da cúpula da SMS foram presos temporariamente, mas liberados junto com ele no início de dezembro.

Os outros investigados são Quesede Ayres Henrique, secretário executivo da SMS de Goiânia, e Bruno Vianna Primo, diretor na Diretoria Financeira e do Fundo Municipal de Saúde. Ayres chegou a ser considerado foragido, mas se entregou à polícia no dia 20 de dezembro e permanece preso.

A Polícia Civil de Goiás informou que segue adotando medidas para concluir as investigações. Ressaltou ainda que o mandado de prisão contra Pollara permanece ativo e que qualquer integrante das forças de segurança pode cumprir a ordem.

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