Hoje é 4 de dezembro de 2024 16:22

Dona de clínica de estética é presa após morte de paciente

Em outra operação policial, homem foi preso suspeito armar emboscada para matar jovem por dívida de drogas
Suspeita foi presa em flagrante por exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e por oferecer serviços ou produtos impróprios ao consumo // Foto: PCGO

A Polícia Civil de Goiás prendeu a dona de uma clínica de estética e interditou o local nesta terça-feira (03/12). A ação aconteceu após a morte de uma mulher que teria realizado um procedimento estético no estabelecimento na manhã de sábado (30/11). A suspeita, a biomédica Quesia Rodrigues Biangulo, foi detida em flagrante por exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e por oferecer serviços ou produtos impróprios ao consumo.

Conforme a denúncia feita pela irmã da vítima, era a primeira vez que ela iria à clínica de estética e estava marcada somente uma avaliação e teste. Mas, como explicado por Débora Melo, delegada responsável pelo caso, a cliente foi convencida a realizar o procedimento.

“Ela nunca tinha ido a essa clínica, foi a primeira vez dela. Ela foi no sábado de manhã para fazer uma avaliação. Só que, dessa avaliação, ela foi convencida a realizar um procedimento. Até o momento, nós apuramos que o procedimento realizado foi uma aplicação da enzima chamada hialuronidase. Hialuronidase é uma substância que serve para retirar um preenchimento anterior. É um produto manipulado e isso é contra as determinações da Anvisa”, comentou a delegada em coletiva de imprensa.

Foi apurado que a vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o procedimento. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, prestou os primeiros socorros e transportou a paciente para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas, segundo os médicos, ela já deu entrada na unidade com morte cerebral.

A delegada explica que, para a aplicação dessa substância, é necessária a presença de um médico para socorrer a paciente em caso de intercorrências. No entanto, a delegada afirma que a prisão da biomédica não teve relação com a morte da paciente, mas sim com as irregularidades da clínica.

“Só depois que vamos concluir qual o grau de responsabilidade da presa em relação ao óbito da paciente”, disse a delegada Débora Melo.

Durante a inspeção, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) e a Vigilância Sanitária identificaram que a clínica não tinha autorização da Anvisa para funcionar. Na ocasião, foram apreendidos medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar e itens cirúrgicos sem esterilização. Encontraram também produtos clandestinos sem autorização para uso e objetos limpos que estavam misturados com outros sujos.

A investigada possui outro processo registrado contra ela por lesão corporal. Essa queixa foi feita por uma paciente em Minaçu, Goiás. Ela irá passar por audiência de custódia, onde será decidido se vai continuar detida.

Suspeito de matar rapaz em emboscada é preso

Em outra operação realizada nesse domingo (01/12), um homem acusado de ter envolvimento no homicídio de um jovem de 23 anos em Goiânia. O crime aconteceu em 21 de novembro de 2023, quando a vítima teria entrado em um carro estacionado no Jardim Cerrado 7, em Goiânia, e desaparecido.

Conforme as investigações, o grupo criminoso suspeitava que ele fosse um delator, depois que perdeu dois quilos de maconha no dia anterior ao assassinato. Dessa forma, a polícia supõe que eles o atraíram para uma emboscada e o mataram de forma brutal. Ao todo, nove pessoas foram investigadas e sete foram presas.

O delegado responsável pelo caso, João Paulo Mendes, explica que o preso, Yuri Alexandre Sousa Andrade, disse à vítima que ela teria que cometer um roubo para pagar a dívida da droga perdida. Com esse pretexto, ele foi levado para uma região de mata no Setor Vera Cruz, onde outros dois suspeitos o cercaram. Um outro investigado, Denes Pereira da Silva, seria o responsável por cavar a cova onde enterraram o corpo.

“Disseram que essa vítima teria que cometer um roubo na casa de um funcionário público para poder pegar o dinheiro do roubo e quitar a dívida dessa droga e levaram ele para uma região erma. Mas, na verdade, era uma emboscada. Quando ele chega nessa região, ele é brutalmente assassinado, tem a língua cortada. E depois o corpo dele é enterrado, ocultado na região do Vera Cruz 2”, comenta.

Segundo o responsável pela investigação, nove pessoas foram denunciadas, e sete foram presas por esse homicídio.

“Nove pessoas foram investigadas, indiciadas e denunciadas e, no último domingo, nós realizamos a prisão do sétimo indivíduo que estava foragido da Justiça. E caso eles sejam condenados, eles respondem por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa, podendo pegar uma pena de mais de 40 anos”, conclui.

PC prende suspeito de executar jovem por engano em Goiânia

Já nessa segunda-feira (02/12), Miguel Kayque de Castro Borges, de 19 anos, foi preso na cidade de Cocalinho, Mato Grosso. Ele estava foragido e é suspeito de ter executado um jovem por engano no dia 4 de agosto deste ano, no Residencial Jardim Cerrado III, em Goiânia.

De acordo com as investigações, Miguel e um comparsa teriam arrombado o portão da casa da vítima, de 23 anos, que foi confundida com outro homem acusado de uma tentativa de homicídio ocorrida no dia anterior. Após a invasão, eles teriam rendido a mãe e executado o filho em seu quarto.

Miguel estava foragido desde o dia do crime. O outro envolvido no assassinato, Mairo, já havia sido preso em 26 de novembro, durante a Operação Hades, que também cumpriu 21 mandados judiciais na região dos Jardins do Cerrado, em Goiânia. Na ocasião, outras quatro pessoas foram presas, portando armas de fogo, munições e entorpecentes.

A divulgação da imagem e identificação do(s) preso(s) foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869 e da Portaria n.º 547/2021, tendo em vista o interesse público em fomentar a colaboração de testemunhas, identificar fontes de prova e apurar outros delitos porventura cometidos pelo suspeito.

Grupo é suspeito de roubo de carga avaliada em R$ 6,9 milhões

A Polícia Civil de Goiás, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, realizou nesta terça-feira (3/12) a Operação Consórcio do Crime. A ação teve como objetivo combater uma organização criminosa especializada em roubos de carga de alto valor, resultando no cumprimento de sete mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão.

Os alvos da ação se concentram nos municípios de Carapicuíba, Embu das Artes, Osasco, Santana de Parnaíba, Taboão da Serra e São Paulo, no Estado de São Paulo, além de Uberaba, em Minas Gerais.

O grupo é suspeito de roubar uma carga de cigarros avaliada em R$ 6,93 milhões em 28 de outubro de 2023, na BR-452, zona rural de Itumbiara, Goiás. Segundo as investigações, atua de forma estruturada, com foco em cargas de alto valor.

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