Os proprietários da clínica de estética Karine Gouveia Estética, Karine Giselle Gouveia Silva e o marido, Paulo César Dias Gonçalves, foram novamente presos preventivamente nesta terça-feira (12/3). Os investigados respondem por formação de organização criminosa, falsificação de produtos terapêuticos, lesões corporais gravíssimas, exercício ilegal da medicina, estelionato e outros crimes ligados a procedimentos estéticos e cirúrgicos sem qualificação técnica e autorização legal.
A decisão judicial que determinou as prisões destacou que os investigados empregaram diversas manobras para dificultar as investigações, como a subcontratação de advogados para manipular depoimentos e o descumprimento de decisões judiciais anteriores. O delegado Daniel José de Oliveira, responsável pelo caso, afirmou que, após a determinação para interromper as atividades, a clínica continuou anunciando a venda de medicamentos na internet.
“Foi indicado que, por meio da internet, houve o prosseguimento no anúncio para venda de medicamentos mesmo após determinação judicial para o fim das atividades”, disse o delegado.
A ação foi realizada pela 4ª Delegacia de Polícia da 1ª Delegacia Regional de Goiânia, com base em decisão da 1ª Vara das Garantias da Comarca de Goiânia. O caso começou a ser investigado em fevereiro de 2024 e revelou que a clínica realizava procedimentos de alto risco, como rinoplastias, lipoaspirações e aplicações de botox, utilizando substâncias proibidas, como óleo de silicone e polimetilmetacrilato (PMMA).
O uso de produtos como esses pode causar deformidades, necroses e infecções graves, conforme relatos de vítimas e laudos de especialistas. Além disso, a clínica comercializava medicamentos manipulados irregularmente, incluindo substâncias proibidas pela Anvisa, o que pode configurar tráfico de medicamentos.
A Polícia Civil também alertou que pacientes que realizaram preenchimentos faciais entre março de 2018 e março de 2019 podem ter sido expostos a substâncias nocivas, como o óleo de silicone. A corporação recomenda que essas pessoas busquem atendimento médico e realizem exames, como ultrassonografia dermatológica com Doppler, para detectar possíveis substâncias não biodegradáveis. Possíveis vítimas podem entrar em contato com a 4ª Delegacia de Goiânia pelo telefone (62) 3201-2603.
Encontrados corpos de família desaparecida em Alvorada do Norte

Os corpos de três pessoas de uma mesma família, que estavam desaparecidas desde dezembro de 2024, foram localizados pela Polícia Civil na última terça-feira (11/3). Eles foram encontrados em uma propriedade na região do Assentamento P.A. Corrente, cerca de 70 km de Alvorada do Norte. Os agentes ainda buscam o suspeito do crime.
A família foi dada como desaparecida em 25 de fevereiro, quando parentes procuraram a delegacia para relatar a falta de resposta do homem, da mulher grávida de oito meses e de uma criança de um ano e oito meses. Conforme a denúncia, o último contato foi feito no dia 17 de dezembro do ano passado.
Segundo o delegado Thiago Ferreira Farias, responsável pelo caso, as primeiras diligências foram realizadas para determinar se as vítimas haviam deixado a cidade por conta própria ou se ainda estavam na região. Mas, durante as investigações, surgiram informações de que as vítimas poderiam ter sido assassinadas e enterradas na propriedade onde viviam.
“No dia 4 de março, fizemos uma primeira varredura no local, mas, devido à dificuldade do terreno e à falta de recursos materiais, não obtivemos êxito”, explicou o delegado.
Dessa forma, a PCGO solicitou apoio do Corpo de Bombeiros e, nesta terça-feira (11/3), uma nova busca foi realizada, quando foi constatada a presença dos corpos.
“Durante essa diligência, encontramos um ponto que levantou suspeita, pois o solo apresentava alterações e havia carcaças de animais e galhos sobre ele. Após uma escavação superficial, constatamos a presença de ossos humanos e massa encefálica”, detalhou Thiago Ferreira.
Os corpos foram removidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para análise pericial, que deverá determinar a causa das mortes e o tempo exato em que as vítimas ficaram enterradas. Segundo o delegado, o estado de decomposição indica que o crime ocorreu há cerca de dois meses.
A investigação segue em andamento para identificar e capturar o autor do crime.
“Já há um suspeito, que se encontra foragido, e estamos trabalhando para fechar o caso e apresentar uma resposta à sociedade”, afirmou o delegado.
Operação prende 7 suspeitos de golpes de diarias falsas

Uma operação integrada entre a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resultou na prisão temporária de sete pessoas. Elas são suspeitas de integrarem um esquema de falsas reservas em pousadas em Pirenópolis (GO). As detenções aconteceram nesta quarta-feira (12/3) nas cidades de Goiânia e Bonfinópolis. Uma pessoa ainda está foragida.
Conforme a apuração, os investigados criavam perfis falsos de pousadas nas redes sociais, principalmente no Instagram, oferecendo diárias com preços atrativos. As vítimas eram induzidas a realizar pagamentos antecipados via PIX após negociações pelo WhatsApp, onde os criminosos se passavam por proprietários ou representantes legais dos estabelecimentos.
De acordo com o delegado da PCDF Diego Luis Silva Castro, o esquema criminoso era altamente organizado, com divisão de tarefas e uso de múltiplas contas bancárias e perfis falsos para aplicar os golpes. Para conferir credibilidade ao golpe, os fraudadores geravam contratos falsos com timbres e logomarcas das pousadas. No entanto, após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e percebiam a fraude apenas ao chegarem ao destino.
As investigações apontam que pelo menos 62 vítimas foram lesadas no Distrito Federal entre 2023 e 2024, sendo cinco delas da cidade de Brazlândia.
“A Polícia Civil do Distrito Federal, juntamente com a Polícia Civil do Estado de Goiás, cumpriu oito mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão contra uma organização criminosa voltada à prática de estelionato contra empresas de hotelaria e clientes em geral. Foram identificadas mais de 69 ocorrências relacionadas ao golpe aplicado por esse grupo”, disse o delegado.
A operação contou com um efetivo de 56 policiais e cumpriu ainda sete mandados de busca e apreensão para auxiliar na identificação de outros suspeitos e vítimas. A Polícia orienta que qualquer pessoa que tenha sido lesada pelo golpe procure as autoridades para registrar a ocorrência.