Hoje é 23 de janeiro de 2025 21:36

Falta de anestesistas paralisa cirurgias na Fundação Banco de Olhos em Goiânia

Prefeitura informou que pagamentos aos prestadores de serviços serão realizados de forma integral quando receber recursos do Sistema Único de Saúde
Pacientes estão sendo encaminhados para outros estabelecimentos de saúde em casos de emergência que necessitem da participação de um anestesista

A Fundação Banco de Olhos de Goiás suspendeu as cirurgias em Goiânia devido à falta de anestesistas, segundo informou o diretor administrativo-financeiro, Paulo Renato Manso, em comunicado à imprensa nesta quinta-feira (23/01). Cerca de 90% dos procedimentos dependem desses profissionais e a falta de pagamento está comprometendo os atendimentos. Ainda segundo o diretor, embora às urgências ainda sejam recebidas, casos que demandam anestesia estão sendo encaminhados para outras unidades de saúde, agravando a situação de pacientes que buscam tratamento.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou ter realizado o pagamento de R$ 1,6 milhão à fundação referente a novembro de 2024. Apesar disso, a pasta explicou que pagamentos integrais aos prestadores de serviços só serão efetuados após o repasse de recursos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A fundação utilizou o valor recebido para quitar salários, plantões, serviços contratados e empréstimos pendentes, mas a ausência de anestesistas continua como principal entrave.

Segundo Paulo Renato, a crise foi agravada por mudanças nas negociações com a cooperativa de anestesistas. Em 2024, a Secretaria Municipal de Saúde determinou que os hospitais assumissem os custos desses profissionais, sem garantia de repasse financeiro. Isso gerou um aumento nos custos operacionais e contribuiu para o déficit enfrentado pela fundação no final do ano, comprometendo ainda mais a continuidade dos serviços.

Sem anestesistas, a fundação não tem previsão para o retorno das cirurgias. O diretor garantiu que a equipe está empenhada em buscar soluções para regularizar o atendimento. Negociações com os anestesistas estão em andamento, mas ainda não há definição de uma saída imediata. A situação tem gerado preocupações, sobretudo pelo impacto direto nos pacientes que dependem dos serviços da fundação.

A Fundação Banco de Olhos ressaltou que os maiores prejudicados pela paralisação são os pacientes. “Estamos trabalhando incansavelmente para encontrar uma solução. Nossa prioridade é retomar os atendimentos o quanto antes e minimizar os danos causados àqueles que confiam em nosso trabalho”, concluiu Manso.

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