Uma projeção feita pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio) mostra que o setor de serviços terá crescimento de 8% e vai liderar a expansão da economia goiana em 2023. Segundo o consultor de economia e investimentos da Fecomércio, Bruno Ribeiro, a expectativa é de que sejam gerados 90 mil novos postos de trabalho durante o ano em Goiás.
De acordo com o especialista, as atividades do turismo, que devem ter alta de 9,5%, vão puxar a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do segmento durante o ano.
Além disso, Bruno Ribeiro disse que o turismo também deve gerar metade dos novos empregos no Estado em 2023. No total, até 45 mil vagas.
“Eu acho que Goiás tem o maior potencial turístico do que vários estados brasileiros. Tem muitos estados que têm um PIB até menor que o estado de Goiás, mas sem ter muitas cidades procuradas em termos de turismo e preferência pelo turista nacional e internacional. O que resta é o goiano valorizar cada vez mais o nosso estado, as nossas belezas naturais”, afirmou o consultor de economia e investimentos.
A outra metade vai se distribuir nos demais segmentos: transportes, comunicações, serviços financeiros e de corretagem, entre outros.
Segundo Bruno Ribeiro, o crescimento do setor de serviços é resultado da associação entre a retomada da economia no pós-pandemia e os novos investimentos.
“As perspectivas são até mais animadoras considerando uma possível taxa de juros, uma redução, a inflação ao que tudo demonstra está sob controle, sobra mais dinheiro no bolso do consumidor e com isso ele tem mais possibilidades de fomentar a economia”, ressaltou Bruno Ribeiro.
Agronegócio representa uma das forças motrizes de Goiás
Bruno Ribeiro também destacou que o agronegócio no Estado de Goiás sempre foi uma das forças motrizes de Goiás.
“O que a gente vê agora é um aumento maior no setor de serviços, especialmente por conta de que essas questões relacionadas ao agronegócio, como a redução dos commodities agrícolas tem afetado de uma maneira bem relevante até mesmo o caixa do produtor e pode também afetar um pouco a geração de PIB nesse setor econômico”, explicou Bruno.
“Por outro lado, nós temos o turismo cada vez mais fortalecido e isso pode de alguma maneira compensar um pouco déficit e fazendo com que Goiás mesmo tendo essa tradição do agronegócio possa continuar se destacando a nível nacional, inclusive em termos de riquezas gerais porque compensando alguns setores que podem não ser tão favorecidos ao longo do ano, como por exemplo o agronegócio”, concluiu.