Hoje é 15 de maio de 2025 17:19

Gestor de hospital é detido em Goiânia por descumprir normas sanitárias

Segundo polícia, unidade estava atendendo normalmente, desrespeitando às ordens de interdição expedidas pela Vigilância Sanitária do município
Acionada pela Vigilância Sanitária, equipe de policiais plantonistas deteve o responsável pelo hospital, que responderá por infração de medidas sanitárias preventivas // Fotos: Divulgação/PCGO

A Central Geral de Flagrantes de Goiânia, departamento da Polícia Civil de Goiás, deteve na manhã desta quinta-feira (15/5) o administrador do Hospital Renaissance, localizado na Rua 9 do Setor Marista, em Goiânia, devido a “grave descumprimento de normas sanitárias”.

De acordo com o delegado plantonista Humberto Teófilo, a ação foi desencadeada após a Vigilância Sanitária do município intervir em resposta às denúncias sobre a continuidade das atividades do hospital, que já havia sido interditado parcialmente no dia 30 de abril por não atender às normas de saúde.

“Apesar da interdição, o hospital continuou a receber pacientes, tanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quanto no ambulatório, o que levou à interdição total da unidade de saúde”, explica o delegado.

“Em novas investigações, realizadas nesta quarta-feira, 14 de maio, a Vigilância Sanitária confirmou que o hospital estava atendendo normalmente, desrespeitando às ordens de interdição”, acrescenta Humberto Martins

Com informações sobre a situação irregular, a Vigilância Sanitária acionou a Polícia Civil, que deteve o responsável pelo hospital, enquadrando-o no crime previsto no artigo 268 do Código Penal, que trata da infração de medidas sanitárias preventivas (pena detenção de 1 mês a 1 ano).

Ainda segundo a Polícia Civil, durante as investigações, constatou-se que os funcionários do hospital enfrentam atrasos salariais e não estão recebendo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Além disso, tanto os colaboradores quanto os pacientes não tinham conhecimento da interdição do hospital, expondo-os a riscos sanitários e à precarização do trabalho”, afirma Humberto Teófilo.

Adicionalmente, foi verificado que a UTI ainda estava funcionando de maneira irregular, sem a equipe médica completa, o que agrava a situação de risco à saúde pública.

O delegado informou que foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência contra o administrador do hospital, que seria liberado em seguida, após assinar termo de compromisso para comparecer a audiência na Justiça.

Sobre a situação do hospital, o delegado afirmou, por fim, que está funcionando “de uma maneira clandestina”, já que está proibido de aceitar novos pacientes.

“O hospital está fechado e só pode atender àqueles pacientes que estão na UTI e que serão remanejados para outras unidades”, disse.

Até o fechamento desta reportagem, o hospital ainda não havia se pronunciado sobre o ocorrido. Uma mensagem do hospital em rede social, de agosto de 2024, informa que a unidade hospitalar estava com nova direção.

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