A GoiásFomento liberou R$ 24,9 milhões em financiamentos para empresas lideradas por mulheres em 2024. Foram firmados 607 contratos para micro e pequenas empresas, além de microempreendedoras individuais (MEIs). O programa Mulher Empreendedora disponibiliza crédito para investimento e capital de giro, ajudando empreendedoras a abrir ou expandir seus negócios em Goiás.
Dados da instituição mostram que 47,5% dos clientes atendidos em 2023 eram mulheres. Nos últimos seis anos, a agência liberou R$ 91,3 milhões para esse público. O presidente da GoiásFomento, Lucas Fernandes, destacou que o governo estadual oferece crédito subsidiado para apoiar o empreendedorismo feminino, fortalecendo comércio, indústria e prestação de serviços.
A linha GF Mulher Empreendedora Investimento oferece até R$ 400 mil para micro e pequenas empresas e até R$ 30 mil para MEIs. Os juros são de 1,53% ao mês, com prazo de pagamento de até 60 meses e 12 meses de carência. Já a linha GF Mulher Empreendedora Giro Puro disponibiliza até R$ 300 mil, com taxa de 1,65% ao mês e prazo de até 36 meses, incluindo três meses de carência.
A empresária Adriana Carvalho, do setor de turismo rural, relatou sua experiência positiva com os financiamentos da GoiásFomento. O primeiro crédito ajudou a superar dificuldades, enquanto os seguintes foram usados para fortalecer o fluxo de caixa e investir em energia solar. Segundo ela, o apoio financeiro foi essencial para o crescimento do negócio. Empreendedoras interessadas podem obter mais informações sobre as linhas de crédito no site www.goiasfomento.com ou pelo telefone (62) 3216-4900.

Pesquisa do Sebrae revela que mulheres empreendedoras ganham 24% menos que homens
Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (7/3) pelo Sebrae Nacional revela que as empreendedoras brasileiras alcançaram níveis de escolaridade mais altos, mas essa evolução não se refletiu em maior renda. Entre 2012 e 2024, a proporção de mulheres donas de negócios com Ensino Superior Incompleto ou mais cresceu 16,5 pontos percentuais, enquanto entre os homens o aumento foi de 9,2 pontos. Ainda assim, elas continuam ganhando menos do que os homens no empreendedorismo.
Segundo pesquisa do Sebrae, 72,4% das donas de negócios possuem ensino médio completo ou superior, e quase 29% já concluíram uma graduação. No entanto, no quarto trimestre de 2024, a renda média das empreendedoras foi de R$ 2.867, cerca de 24% inferior à dos homens. A diferença já foi maior, chegando a 30,3% em 2012, mas ainda reflete desigualdades estruturais.
Uma das principais razões para essa disparidade está na sobrecarga doméstica. Mulheres empreendedoras trabalham, em média, 35 horas semanais, enquanto os homens dedicam 41 horas aos negócios. O chamado “trabalho invisível” – cuidados com a casa, filhos e idosos – limita o tempo e o crescimento profissional das empresárias, impactando diretamente sua renda.
O estudo também aponta que a participação feminina no sustento da família cresceu. Atualmente, 52,3% das mulheres donas de negócios são chefes de domicílio, um avanço em relação a períodos anteriores. No Brasil, há 10,4 milhões de mulheres empreendedoras, representando 34,1% do total de donos de negócios, apesar de elas serem 51,7% da população em idade ativa.