Hoje é 16 de setembro de 2024 16:28

Governador do TO é alvo da PF por desvio de recursos da Covid-19

Wanderlei Barbosa é investigado em inquéritos que apuram desvio de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia
Governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa: político era vice-governador na época dos supostos desvios e negou prática de qualquer ato ilícito // Foto: Divulgação

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (22/8) 42 mandados de busca e apreensão no estado do Tocantins e outras medidas cautelares patrimoniais, no âmbito da Operação Fames-19, que busca provas em inquéritos que investigam desvio de recursos públicos destinados ao combate à covid-19. Um dos alvos é o governador do estado, Wanderlei Barbosa.

Os recursos supostamente desviados deveriam ser utilizados para o pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas, durante a pandemia.

“Os inquéritos, que tramitam sob sigilo na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicaram a presença de indícios da existência de um esquema montado entre 2020 e 2021, utilizando-se do estado de emergência em saúde pública e assistência social, consistente na contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas, as quais receberiam a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado”, informou a PF.

O nome da operação faz referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de covid-19, cujas ações públicas se destinavam a enfrentar a doença, mas tornaram-se um meio de desvio de recursos públicos. Fames significa fome em latim e 19 faz alusão ao período pandêmico.

Em nota, o governo do Tocantins afirmou que colabora com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

“É do interesse do Governo do Estado que tais fatos sejam devidamente esclarecidos”, diz trecho do documento.

Governador diz que recebeu ação ‘com surpresa’

O governador Wanderlei Barbosa informou que recebeu com surpresa, porém com tranquilidade, a operação da PF, sobretudo porque na época dos fatos era vice-governador e não era ordenador de nenhuma despesa relacionada ao programa de cestas básicas no período da pandemia.

“Como todos já sabem, a única alusão ao meu nome em toda essa investigação foi a participação num grupo de consórcio informal de R$ 5 mil com outras 11 pessoas, no qual uma delas era investigada”, destaca o governador.

Ressalta ainda que deseja a apuração célere e imparcial dos fatos, pois está confiante na sua inocência e na Justiça, estando sempre à disposição para colaborar com as investigações.

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