O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), e o Ministério das Cidades (Mcid) entregaram 540 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, neste sábado (24/5), em Goiânia. Na ocasião, a Agehab também entregou 437 escrituras de imóveis a famílias goianienses.
A primeira solenidade aconteceu às 11h, no Setor Andréia, com a entrega de 496 apartamentos do Residencial Porto Maranata, módulos I e II, e de 437 escrituras. Na sequência, às 12h, ocorreu a entrega de 44 unidades do Residencial Bello Park, no Parque Eldorado Oeste.
Os empreendimentos somam R$ 61 milhões em investimentos, sendo mais de R$ 20 milhões de subsídio do Governo do Estado, por meio do Programa Pra Ter Onde Morar – Crédito Parceria. Os valores foram utilizados pelas famílias para custear a entrada do imóvel ou reduzir as parcelas do financiamento.
Modalidade do Pra Ter Onde Morar, o Crédito Parceria atende a famílias com renda de até três salários mínimos. De acordo com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, os beneficiários que se enquadram nos requisitos recebem subsídio de até R$ 45,8 mil para reduzir o valor da entrada ou das parcelas do imóvel.
“Ao ajudar na entrada, a modalidade estimula o mercado imobiliário e livra do aluguel a família que precisa. Sem esse auxílio, a pessoa teria dificuldades para adquirir a casa própria”, observa Baldy.
O secretário estadual da Infraestrutura, Adib Elias, lembra que o Crédito Parceria é um benefício do Governo de Goiás concedido na forma de crédito outorgado de ICMS.
“É uma ação que, associada a outras iniciativas, visa fomentar o desenvolvimento econômico e social onde é aplicada”, ressaltou Adib, que acrescentou que a injeção deste subsídio tem como consequência o aumento na oferta de emprego e renda.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, frisou a importância do Estado na entrega das habitações: “O governador Ronaldo Caiado tem trabalhado muito pela habitação. Os recursos do governo estadual colocados aqui são muito importantes. Hoje é um dia abençoado para estas famílias”.
‘Nunca imaginei que, aos 31 anos, conseguiria comprar a minha casa’
O secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo, frisou que o empreendimento foi viabilizado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, por meio da modalidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que utiliza recursos dos trabalhadores.
“Essa entrega é uma iniciativa construída por meio do diálogo, em que cada um de nós dá sua contribuição com o mesmo fim: levar moradia digna a quem mais precisa”, destacou.
A biomédica Camila Cristina de Paula, 31, disse que, sem a ajuda do governo, jamais teria conseguido acesso à casa própria tão rápido.
“Eu nunca imaginei que, aos 31 anos, conseguiria comprar a minha casa. Eu imaginava que isso fosse acontecer depois dos 50 anos. Então, estou muito feliz e sou muito grata ao governo e à Agehab”, declarou.
Já a dona de casa Tariana Carlos Valverde, 38, contou que há 16 anos “lutava junto com o marido para conseguir comprar a moradia própria”.
“E agora, por meio do Estado de Goiás e da Agehab, a gente conseguiu realizar este sonho”, afirmou.
Minha Casa Minha Vida terá mais 130 mil moradias
Nesta semana, durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou a ampliação de 130 mil novas unidades habitacionais no programa Minha Casa, Minha Vida.
Do total, 110 mil unidades serão destinadas a cidades com mais de 50 mil habitantes e 20 mil para municípios menores. A distribuição será feita em etapas, com a seleção para municípios maiores já aberta e a de municípios menores prevista para esta segunda-feira (26/5).
“Até segunda-feira (26), publicaremos [a portaria] para os municípios abaixo de 50 mil habitantes”, afirmou o ministro na quinta-feira (22/5), no encerramento da Marcha, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios.
Barbalho explicou que cada município terá direito a apenas uma proposta, com limite de 20 unidades para cidades com até 25 mil habitantes e 40 para as que têm entre 25 mil e 50 mil moradores.
O ministro disse ter ouvido prefeituras, população e setor privado para aprimorar as regras. “Mudamos o processo porque, na seleção anterior, muitas obras ficaram abaixo da expectativa”, explicou.
Os terrenos para as novas moradias devem estar no nome da família ou da prefeitura, localizados perto de escolas, creches, postos de saúde e com redes de água e esgoto. A ideia é evitar a construção em locais isolados.
Barbalho (foto) também anunciou o reajuste no valor das moradias: o limite de financiamento subiu de R$ 140 mil para R$ 170 mil para casas e de R$ 143,5 mil para R$ 180,5 mil para apartamentos. Na Região Norte, os valores poderão ser até 10% maiores.
O ministro destacou a Caixa Econômica Federal, parceira, “vai entregar o Kit Caixa, com projeto pré-aprovado, contrato pré-aprovado e formato da licitação”, disse. “Isso facilitará muito [às prefeituras]”.
Segundo ele, os projetos com terrenos já desmembrados e toda a documentação pronta terão prioridade. “O que estiver pronto passa na frente”, ressaltou.
Por fim, Barbalho garantiu que projetos antigos que ainda não viraram obra continuarão válidos, somando-se à nova meta. “A meta é do estado como um todo, não apenas do município”, concluiu.
