A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou nesta terça-feira (29/4) uma operação com objetivo de combater a comercialização clandestina de medicamento voltado ao emagrecimento, em desacordo com as normas legais e sanitárias. O suspeito é investigado por utilizar redes sociais para divulgar e vender o medicamento sem a devida autorização dos órgãos competentes.
Batizada de Operação Caixa de Pandora, a ação foi executada pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Goiânia.
As apurações tiveram início a partir de denúncia anônima, o que motivou diligências preliminares conduzidas pela autoridade policial. No decorrer da investigação, foram colhidos elementos que indicam robustos indícios de autoria e materialidade delitiva.
Diante dos fatos, o delegado representou pela expedição de mandados de busca e apreensão em três imóveis vinculados ao investigado: dois residenciais – sendo um deles situado em um condomínio horizontal de alto padrão nesta capital – e o terceiro, um estabelecimento comercial dedicado à venda de equipamentos eletrônicos.
Durante a operação desta terça-feira, na residência localizada no referido condomínio de luxo foram apreendidos medicamento que seria destinado à comercialização, além de diversos aparelhos eletrônicos possivelmente utilizados na prática criminosa. Também foi apreendida uma caneta emagrecedor, que é medicamento injetável, usado para tratar obesidade e controlar o peso.
Inicialmente desenvolvidos para diabetes tipo 2, eles têm mostrado eficácia na perda de peso, reduzindo o apetite e retardando a digestão. Alguns medicamentos famosos são Ozempic, Wegovy, Saxenda e Mounjaro, que podem ser prescritos por um médico para tratamento de obesidade ou sobrepeso.
Durante a ação, foi realizada a prisão em flagrante delito do investigado.

O suspeito deve responder por crime previsto no Artigo 273, § 1º-B, inciso I, do Código Penal Brasileiro, que pune quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender, distribui ou entrega produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais sem registro no órgão de vigilância sanitária competente. A pena deste crime é reclusão de 10 a 15 anos e multa.
A Polícia Civil de Goiás informa que permanece à disposição da sociedade para o recebimento de denúncias, que podem ser feitas, com garantia de sigilo, por meio do número 197.
Polícias de Goiás e Minas bloqueiam R$ 1 milhão de estelionatários
Também nesta terça-feira, a Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em apoio à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas da Polícia Civil de Minas Gerais, deflagrou uma operação policial com objetivo de cumprir 16 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Região Metropolitana e Morrinhos.
A investigação apura os crimes de lavagem de dinheiro e estelionato perpetrados por meio de falsas simulações de vendas de produtos diversos nas redes sociais, bem como golpes do “novo número” e outros realizados através de um site de vendas.

São alvos da operação pessoas que, supostamente, emprestaram contas bancárias para realizar movimentações financeiras, além dos mentores intelectuais dos crimes em apuração.
Foram apreendidos diversos objetos relacionados a estelionato. Além disso, foi solicitado o bloqueio judicial do valor de R$ 1 milhão, referente ao prejuízo causado às vítimas.