Hoje é 27 de julho de 2024 00:44
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Hospitais que atendem sistema público em Goiânia paralisam atendimentos eletivos por 48 horas

A Secretaria Municipal de Saúde e a organização gestora dos hospitais se manifestaram por meio de nota sobre o assunto
Entidade médica do comando de reivindicação ressaltou que, de acordo com a lei, os atendimentos classificados como urgentes e emergenciais permanecem em operação durante o período de paralisação

Três importantes instituições de saúde em Goiânia suspenderam os atendimentos eletivos nesta terça-feira (23). O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, a Maternidade Nascer Cidadão e o Hospital e Maternidade Dona Iris interromperam suas operações, seguindo uma decisão tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada em 16 de janeiro deste ano. A medida, que terá uma duração de 48 horas, foi anunciada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).

Segundo o Simego, a paralisação foi resultado da falta de atendimento integral às reivindicações apresentadas pelos médicos por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG). A entidade ressaltou que, de acordo com a lei, os atendimentos classificados como urgentes e emergenciais permanecem em operação durante o período de paralisação.

A presidente do Simego, Franscine Leão, destacou em um vídeo publicado pela entidade nas redes sociais que as demandas incluem a regularização do pagamento das remunerações aos médicos e do fornecimento de insumos utilizados nos atendimentos.

Em nota ao Portal Notícias Goiás a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia se manifestou sobre o caso. “A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que o orçamento municipal foi aberto no dia 20. O repasse financeiro à Fundahc está programado, mais um depósito foi feito nesta terça-feira (23/1), e os pagamentos a prestadores e fornecedores já estão sendo organizados pela própria secretaria e pela fundação para esta semana e a próxima, gradativamente”, diz a nota.

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) gestora das unidades, por sua vez, também em nota se posicionou sobre o caso. “Entendemos que o movimento de paralisação das empresas prestadoras de serviços médicos coordenado pelo Simego, que conta, inclusive, com orientação individual aos médicos não integrantes de tais empresas (concursados e celetistas) para que apoiem a paralisação, não é legítima. Em relação aos médicos celetistas, bem como aos concursados, não há qualquer atraso nos salários, logo, é ilegítima a adesão à paralisação por parte destes”, diz o texto. Confira a íntegra da nota clicando aqui.

Em setembro do ano passado, a Fundahc suspendeu cirurgias e atendimentos eletivos devido a atrasos nos repasses financeiros por parte da Secretaria Municipal de Saúde, totalizando mais de R$ 43 milhões na época. Os atendimentos foram retomados quatro dias depois, após a administração municipal anunciar o repasse de R$ 12 milhões. Em outubro, com a posse de Wilson Pollara como titular da SMS, a secretaria e a Fundahc buscaram negociar para resolver os problemas enfrentados nas maternidades.

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