Hoje é 7 de abril de 2025 22:35

Hugo Motta sobre anistia: país precisa de pacificação e não de crise institucional

Presidente da Câmara disse também que é preciso haver sensibilidade para corrigir eventual exagero em penas do 8 de Janeiro
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados: “Não vamos resolver esses problemas aumentando a crise” // Foto: Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), defendeu nesta segunda-feira (7/4) a pacificação nacional como forma de conter a radicalização política. Ele ressaltou que a pauta da anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado é “uma manifestação válida”.

No entanto, Motta destacou que a saída para os problemas do país não passa pelo afastamento das instituições. Para ele, é necessária sensibilidade para corrigir possíveis exageros nas penas aplicadas aos responsáveis pela depredação das sedes dos Três Poderes, ocorrida em 8 de janeiro. Além disso, defendeu a importância da responsabilidade para evitar o agravamento da crise institucional.

“Não vamos ficar restritos a um só tema, vamos levar essa decisão ao Colégio de Líderes, vamos conversar com o Senado e com os Poderes Judiciário e Executivo, para que uma solução de pacificação possa ser dada”, afirmou em evento da Associação Comercial de São Paulo no qual foi discutido o tema “Atual cenário político brasileiro”.

“Aumentando uma crise, não vamos resolver esses problemas, não embarcaremos nisso”, acrescentou.

Por fim, o parlamentar reconheceu a legitimidade da obstrução regimental do PL, que tenta travar as votações para que o projeto de anistia seja votado, mas enfatizou que há outras pautas de interesse nacional.

“Vamos tratar as pautas dos outros partidos, não podemos ficar uma Casa de uma pauta só”, concluiu.

Escala 6×1: é preciso avaliar a viabilidade econômica

Hugo Motta também foi questionado sobre a proposta de emenda à Constituição que acaba com a escala de trabalho semanal de 6 dias. Segundo ele, o mérito da proposta é válido, mas é preciso avaliar a viabilidade econômica do tema para o país. Ele afirmou que não dá para fazer um populismo barato com esse assunto e, que muitas vezes, é preciso tomar decisões difíceis.

“Eu não discuto a justiça da proposta. Eu discuto se a proposta é viável para o país ou não. É claro que todo trabalhador sonha com a redução da jornada de trabalho, ganhando a mesma coisa, e ninguém está aqui para dizer que isso está errado”, disse o presidente da Câmara. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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