O ex-presidente dos Estados Unidos entre 1976 e 1981, Jimmy Carter, morreu neste domingo (29/12) aos 100 anos, em sua residência em Plains, Geórgia, cidade onde nasceu. Carter estava sob cuidados paliativos desde fevereiro de 2023. A causa da morte e informações sobre o velório ainda não foram divulgadas pelos familiares. O atual presidente Joe Biden informou que haverá um funeral com honras ao ex-presidente no dia 9 de janeiro de 2025.
Carter, filiado ao Partido Democrata, iniciou sua carreira política como senador e governador da Geórgia antes de assumir a Presidência. Seu mandato foi marcado por desafios, como uma grave crise econômica e esforços de mediação internacional. Durante sua gestão, condenou ditaduras na América Latina, incluindo os regimes militares no Brasil e no Chile.
Em 1979, enfrentou uma crise diplomática com o Irã, onde 52 americanos foram sequestrados na embaixada em Teerã. O episódio durou 444 dias e terminou após sua saída do governo, gerando críticas à sua condução do caso.
Após deixar a Casa Branca, Carter fundou a Fundação Carter, em 1982, para promover os direitos humanos e democracia ao redor do mundo. Ele liderou missões diplomáticas em diversos países e foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2002, em reconhecimento a seus esforços por soluções pacíficas para conflitos e promoção da democracia.
Carter é o ex-presidente mais longevo da história dos EUA. Nascido em 1º de outubro de 1924, graduou-se em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos e serviu como oficial antes de ingressar na política. Ele e Rosalynn Carter, sua esposa, tiveram quatro filhos. Rosalynn morreu em novembro de 2023, aos 96 anos. Homenagens a Carter ocorrerão em Atlanta, Washington e Plains, segundo sua fundação.
Em uma nota publicada nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden e a primeira-dama Jill Biden escreveram. “Hoje, a América e o mundo perderam um líder, estadista e humanitário extraordinário. Ao longo de seis décadas, tivemos a honra de chamar Jimmy Carter de um querido amigo. Mas, o que é extraordinário sobre Jimmy Carter, no entanto, é que milhões de pessoas em toda a América e no mundo que nunca o conheceram também o consideravam um querido amigo.”
O presidente da França, Emmanuel Macron, também prestou condolências ao ex-presidente americano. “Ao longo de sua vida, Jimmy Carter tem sido um firme defensor dos direitos dos mais vulneráveis ??e têm lutado incansavelmente pela paz. A França envia seus sinceros pensamentos à sua família e ao povo americano”, escreveu em suas redes sociais.