Hoje é 16 de setembro de 2024 16:16

Novo Mundo tem pedido de recuperação judicial aprovado

Empresa tem 60 dias para apresentar plano de recuperação que visa manter 90 lojas em funcionamento e evitar demissão de 1,3 mil funcionários
Com um faturamento de R$ 1,1 bilhão em 2023, varejista busca reestruturação financeira para superar crise econômica // Foto: Reprodução

A Justiça de Goiás aprovou o pedido de recuperação judicial da rede varejista Novo Mundo, em decisão proferida na noite de quarta-feira (16/08), pelo juiz Cláudio Henrique Araújo de Castro, da 3ª Vara Cível de Goiânia.

A Novo Mundo tem agora um prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. Durante esse período, a empresa deverá detalhar as estratégias que adotará para renegociar suas dívidas, ajustar os estoques e garantir a continuidade de suas operações. Com a aprovação do pedido, a rede pretende superar os desafios financeiros e retomar o crescimento, preservando os empregos de seus 1,3 mil colaboradores.

A decisão judicial também incluiu uma tutela de urgência, que impede a interrupção de serviços essenciais como água, energia elétrica e internet, assegurando o funcionamento das lojas e dos centros de distribuição da empresa. Além disso, o juiz dispensou a exigência de certidões negativas para que a Novo Mundo possa continuar suas atividades normalmente e determinou a suspensão de todas as ações e execuções contra a empresa pelo prazo de 180 dias, dando fôlego para a sua reestruturação.

A rede Novo Mundo, que possui 90 lojas em operação distribuídas por Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão e Distrito Federal, passou por um processo de fechamento de 60 unidades entre 2023 e 2024 atribuído ao agravamento da crise no setor varejista. Apesar das dificuldades, a empresa faturou R$ 1,1 bilhão em 2023 e acredita que o processo de recuperação judicial é a melhor alternativa para enfrentar os obstáculos atuais.

A recuperação judicial é vista pela empresa como uma estratégia fundamental para negociar suas dívidas e garantir a continuidade das atividades, mantendo a competitividade no mercado. “A varejista tem convicção que, ao optar por essa estratégia legal, superará os obstáculos para se manter competitiva, negociando suas dívidas, garantindo a continuidade de suas atividades, preservando empregos e salvaguardando os direitos de todos os envolvidos”, afirmou a empresa em comunicado oficial.

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