O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) lançou na última sexta-feira (16/8) uma ferramenta de checagem para auxiliar no combate às fake news e aos deepfakes. Desenvolvida em parceria com o Instituto de Informática (INF) da Universidade Federal de Goiás (UFG), a GuaIA analisará publicações em sítios da internet e redes sociais, além de vídeos e áudios que possam ter sido manipulados com o intuito de gerar notícias distorcidas e enganosas sobre a Justiça Eleitoral e o processo eleitoral brasileiro.
As funcionalidades e mecanismos da GuaIA foram apresentados pelo chefe do Departamento do INF-UFG, professor doutor Eliomar Araújo de Lima, em cerimônia realizada na sede do TRE-GO. Na ocasião, o docente enalteceu o esforço da comunidade acadêmica da UFG e o papel da universidade como expoente da produção de inovações tecnológicas.
O projeto piloto da GuaIA terá duração de agosto de 2024 a setembro de 2025. Neste período o uso da ferramenta será restrito aos gabinetes dos desembargadores eleitorais e ao Ministério Público. O 1º grau da jurisdição, demais órgãos públicos e a sociedade em geral terão acesso ao programa posteriormente, após refinamento do sistema. Na fase inicial do projeto, os eleitores e eleitoras poderão fazer denúncias de conteúdos suspeitos por meio de link a ser disponibilizado no portal do Tribunal.
“O TRE-GO está na vanguarda. Nós faremos a identificação de fake news em todas as indicações de falsas notícias, de falsas informações. Em textos, em áudios e imagens. Temos uma ferramenta de ponta, desenvolvida aqui”, declarou o presidente do órgão, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga.
Batismo com nome GuaIA foi inspirado nos povos originários de Goiás
A escolha do nome do projeto se refere aos povos originários que habitavam a região, especialmente os Guaiás (ou “Goyazes”, “Guoyá”, “Goyá”), que pertenciam ao tronco linguístico Macro-Jê e viviam na área muito antes da chegada dos colonizadores europeus. A nomenclatura remete também ao Rio Araguaia, um dos principais rios do Brasil, que desempenha um papel significativo na história e cultura do Estado de Goiás. O símbolo do projeto foi criado baseado nos quesitos inteligência, fluidez, modernidade e pessoalidade.
Representando a Reitoria da Universidade, o pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, professor doutor Felipe Terra Martins, agradeceu ao Tribunal pela parceria e por confiar na produção científica da instituição. “A UFG não perde em nada para nenhuma outra universidade, em especial com relação à inteligência artificial e com o desenvolvimento de soluções”, afirmou o professor.