A Opus Construtora entregou à Defesa Civil de Goiânia e ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Goiás o laudo da obra na rua paralela ao prédio que desabou devido ao colapso do solo, resultando no engolimento de parte da via e na evacuação de dois edifícios no Setor Marista, durante a madrugada de 14 de janeiro. O documento indicou que o Catas Atlas, o segundo prédio evacuado, não apresenta riscos aos moradores.
Conforme o laudo, as pequenas fissuras no subsolo não estão relacionadas ao desabamento, sendo submetidas a um monitoramento que não registrou qualquer movimentação. A síndica do Catas Atlas informou à imprensa sobre rachaduras no subsolo, afirmando que ainda há receio entre os moradores em retornar aos apartamentos.
O laudo ressalta que o surgimento de fissuras é um fenômeno natural em construções vizinhas que estão na fase de execução de cortinas de contenção, como é o caso presente. Após a conclusão das lajes, que reforçarão essas cortinas, os reparos serão realizados.
Além disso, o documento destaca que a empresa continuará monitorando toda a vizinhança, procedimento já incorporado à rotina (leia trechos da nota da Opus no final desta matéria).
Os moradores vizinhos à obra em que ocorreu o desmoronamento vivenciaram relatam ter ouvido um barulho intenso e, posteriormente, evacuaram suas residências às pressas, como medida preventiva de segurança. A cratera, que se formou em frente a um prédio residencial e ao lado do edifício evacuado, engoliu a calçada e parte da rua 1128, no Setor Marista.
Segundo a Defesa Civil, alguns moradores buscaram abrigo na casa de familiares e outros foram alojados em um hotel, custeado pela incorporadora responsável pela obra. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas fatais ou feridos durante o atendimento da ocorrência.
Trechos da nota da Opus Construtora
A Opus Incorporadora informa que será entregue à Defesa Civil, ao Crea e à vizinhança o primeiro laudo relacionado ao desmoronamento do asfalto em frente a sua obra na Rua 1128, na madrugada de segunda, 15 de janeiro. […] ]Já para o Edifício Villa Lobos, devido a maior proximidade com o ponto do acidente, por precaução, a previsão é liberação do laudo em aproximadamente 72 horas, uma vez que ainda estão sendo feitas as medições. […] Garantir a segurança e a tranquilidade das pessoas foi a prioridade da incorporadora após o incidente. Embora os residenciais vizinhos não tenham sofrido embargo, a empresa optou por transferir os moradores para um hotel até que tenha os laudos técnicos. A incorporadora informa que ainda não se pode atribuir as causas do evento e ressalta que está comprometida em dar esta resposta para todos os goianienses, sendo a maior interessada em esclarecer o que de fato aconteceu. […] No dia do incidente, a obra recebeu fiscalização da AMMA, Seinfra, CREA, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. As medidas emergenciais e mitigadoras foram apresentadas a todos estes órgãos e a regularidade da documentação da obra foi devidamente atestada.